O empresário austríaco do transporte ferroviário e logística, Gunther Pitterka, 54, disse que se tornou o recordista mundial em “coleta” de aeroportos, após completar 1.582 locais no sábado, 19 de novembro. O proprietário da empresa SETG, com cerca de 200 funcionários, faz parte de uma comunidade internacional de entusiastas da aviação, cujo objetivo é voar para o maior número possível de aeroportos em todo o mundo e documentar isso de maneira competitiva.
O site www.flugstatistics.de é a plataforma para documentação e verificação. De acordo com este site, o número atual de aeroportos visitados por ele e por um concorrente era 1581. No entanto, isso mudou no sábado, pois, segundo um comunicado à imprensa, o voo campeão mundial aconteceu no dia 19 de novembro de 2022, quando Pitterka diz ter somado mais um aeroporto ao seu repertório.
De tudo isso, é importante notar que não se trata de um recorde do Guinness ainda, mas de um ranking informal. O empresário pode aplicar para o Livro dos Recordes, mas terá que ser capaz de comprovar todos os voos. Ainda assim, seu repertório é invejável, já que Pitterka tem fotos até em aeroportos da Coreia do Norte em seu acerto pessoal.
Como chegou lá
Na tentativa de voar para o maior número possível de aeroportos, Pitterka voou 2.928.010 quilômetros nos últimos anos. Ele esteve no ar por 5.409,10 horas, orbitou a Terra 73,06 vezes. Entre outros lugares, Pitterka voou para o Acampamento Base do Everest e pousou na ilha caribenha de Saba (aeroporto com pista mais curta) e no Aeroporto Bar Yehuda (aeroporto mais baixo do mundo, com uma altitude de -386 metros).
Ele está envolvido nesta competição curiosa, mas ambiciosa, desde 1995, tendo entrado por causa de sua paixão pela aviação e viagens, mas também para vender um medo pronunciado de voar.
A maioria de seus voos partiu de Salzburgo (1.063), seu aeroporto de origem. Ele conta que já voou em mais de 500 tipos diferentes de aeronaves e voou com 743 companhias aéreas diferentes. Em suas viagens pelo mundo, Pitterka pousouem 189 países e territórios.
Também não faltaram curiosidades nos muitos voos, diz ele. Por razões de sigilo, as persianas tiveram que ser abaixadas durante uma aproximação a Pyongyang, na Coreia do Norte. Ele também sofreu um cancelamento de voo no Aeroporto Mount Kenya porque uma família de javalis cruzou o campo de aviação pouco antes do pouso, fazendo seu avião retornar.
Em sua tentativa de chegar à ilha de Foula, no extremo oeste de Shetland (Escócia), exigiu 10 tentativas. Oito tiveram que ser abortados devido às condições meteorológicas, uma por causa de uma gaivota no motor e apenas uma tentativa de pouso foi bem-sucedida.
Por ora, o voo recordista do sábado foi feito num avião de 14 lugares (LET 410) que foi do Aeroporto de Portoroz, em Istria para o Aeroporto Nicelli, em Veneza-Lido, o histórico aeroporto de Veneza, que ainda tem uma pista de grama e de onde até voos regulares para a Áustria começaram na década de 1930.
