
Tiron Alexander, 35 anos, ex-funcionário de uma grande companhia aérea dos Estados Unidos com sede em Dallas, foi condenado por fraudar a Spirit Airlines ao se passar por piloto e comissário de bordo para reservar passagens aéreas gratuitas destinadas exclusivamente a tripulantes.
Após uma longa investigação da Administração para a Segurança dos Transportes (TSA), Alexander foi considerado culpado de fraude eletrônica por um júri federal da Flórida. Ele pode pegar até 20 anos de prisão, além de uma possível pena extra por entrar em área restrita do aeroporto mediante falsas alegações, informou o Departamento de Justiça dos EUA.
De acordo com documentos judiciais apresentados em um tribunal do distrito da Flórida, Alexander trabalhou para a companhia aérea anônima entre 2015 e sua prisão, em outubro de 2024, quando a fraude foi finalmente descoberta.
O esquema consistia em acessar o sistema interno de reservas de passagens para tripulação, que permite que pilotos e comissários façam reservas sem custo, chamadas de passagens “non-revenue” (sem receita). Esse sistema também permite o uso de benefícios recíprocos com outras companhias aéreas parceiras.
Para efetuar uma reserva, o funcionário deve informar o nome da empresa, a data de contratação e o número do crachá. Alexander obteve ilegalmente essas informações, como números de crachás e datas de contratação, de pelo menos 30 empregados de sete companhias aéreas diferentes.
Posando como piloto ou comissário dessas empresas, ele conseguiu reservar mais de 120 passagens gratuitas ao longo de seis anos, sendo 34 delas na Spirit Airlines, conforme apurado pelo júri.
Além da fraude eletrônica, Alexander também foi condenado por entrar em áreas restritas do aeroporto sob falsas alegações. A soma das penas pode chegar a 30 anos de prisão. Ele aguarda sentença marcada para 25 de agosto de 2025.
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