A sucessora da Alitalia tem despertado o interesse dos grandes grupos aéreos europeus: à intenção da Lufthansa de adquirir uma parte da empresa junta-se agora a IAG, que também procura entrar no competitivo e não negligenciável mercado italiano, relatou o site parceiro Aviacionline.
De acordo com o que foi noticiado pelo Il Messagero, nos últimos meses houve contatos informais da IAG com o presidente do ITA, Alfredo Altavilla. O IAG vê a possibilidade de entrar na competição pelo mercado interno da Itália, dominado por empresas estrangeiras de baixo custo.
O IAG tem como se mexer: Vueling e BA Euroflyer podem ser algumas das marcas com as quais desembarcaria na península com o know-how do modelo low-cost. Embora não haja confirmação oficial do interesse do grupo, um investimento na companhia aérea italiana faria muito sentido para ambas as partes.
A ITA não tem margem e nem fundos para se tornar um ator de relevância local, intra-europeia ou intercontinental. As rotas de longa distância que anunciou são pontuais e buscam atender à demanda reprimida após esses quase dois anos de pandemia. Se as rotas forem rentáveis ou meramente sustentáveis no médio-longo prazo, é uma incerteza que o ITA não conseguirá bancar.
Assim sendo, a ITA precisa de um parceiro e os candidatos sabem disso. A Federação Nacional do Transporte Aéreo disse esperar que a escolha do parceiro comercial-industrial da ITA “se concretize ainda no primeiro semestre de 2022 para consolidar o desenvolvimento do plano industrial, confirmar os contratos previstos e dar uma perspetiva mais sólida ao futuro da empresa nacional”.
A Federação reconhece que, por enquanto, “ainda há ineficiências na rede que só podem ser resolvidas através de sinergias com um parceiro sólido e de tamanho adequado”. Lufthansa e IAG poderão se tornar esse parceiro que leva a ITA a uma escala que lhe permite sobreviver e, assim, cortar o ciclo de sua antecessora.