IATA começa a ver sinais de recuperação no transporte aéreo de passageiros

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A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) divulgou ontem (3) números que demonstram aumento na demanda no transporte de passageiros entre 21 de abril a 27 de maio.

Avião Airbus A380 Korean Air

A IATA anunciou que a demanda por serviços aéreos está começando a se recuperar após atingir sua pior marca em abril, em uma queda nunca vista na história da série de levantamentos que a Associação realiza, que remonta a 1990.

Mais recentemente, os números mostram que o total diário de voos aumentou 30% entre o dia 21 de abril e 27 de maio. Isso ocorreu, principalmente, por conta de operações domésticas em vários lugares do mundo. Apesar da boa notícia de recuperação, comparado-se com os números do ano passado, o valor ainda é de apenas 5,7% da capacidade de 2019.

Embora esse aumento não seja significativo para a dimensão global do setor de transporte aéreo, ele sugere que o setor passou pelo pior período da crise, considerando que não haja outras grandes ondas da doença. Além disso, este é o primeiro sinal que a aviação dá sobre o início do longo processo de restabelecimento da conectividade aérea.

Para Alexandre de Juniac, Diretor Geral e CEO da IATA, abril foi um desastre para a aviação, pois as viagens aéreas pararam quase que inteiramente. Para ele, abril também pode representar o ponto mais baixo da crise.

De Juniac destaca que os números dos voos estão aumentando, os países estão começando a levantar as restrições de mobilidade e a confiança nos negócios está demostrando melhorias em mercados importantes, como China, Alemanha e EUA.

“Esses são sinais positivos quando começamos a reconstruir o setor de forma ininterrupta. Os brotos verdes iniciais levarão tempo – possivelmente anos – para amadurecer”, acrescentou o Diretor.

A IATA calcula que, na primeira semana de abril, os governos em 75% dos mercados rastreados pela IATA proibiram completamente a entrada de passageiros estrangeiros, enquanto outros 19% tinham restrições de viagem parciais ou requisitos de quarentena obrigatórios para chegadas internacionais.

Dados do final de maio mostram que os níveis de voo na República da Coreia, China e Vietnã subiram a um ponto que agora é “apenas” de 22 a 28% menor do que no ano anterior (esse número já chegou a 90% no pior momento).

As pesquisas de viagens aéreas no Google também aumentaram 25% no final de maio, em comparação com a baixa de abril, embora esse número ainda esteja muito aquém dos registrados antes da pandemia, num patamar 60% menor do que no início do ano.

Ainda falando sobre abril, de Juniac comentou: “Para a aviação, abril foi o mês mais cruel. Os governos tiveram que tomar medidas drásticas para retardar a pandemia. Mas isso veio com o custo econômico de uma recessão global traumática”.

Porém, o Diretor da IATA avalia que as companhias aéreas serão essenciais para a recuperação econômica. Para ele é vital que a indústria da aviação esteja pronta com medidas de biossegurança, as quais possam dar confiança a passageiros e trabalhadores do transporte aéreo.

Para reiniciar a aviação com segurança, ele considera a rápida implementação das diretrizes globais da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) como a prioridade principal.

Informações oficiais da IATA

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