A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) revisou positivamente suas previsões de lucros para a indústria aérea global, projetando um fortalecimento contínuo da lucratividade até 2025, impulsionado principalmente pela expectativa de menores custos de combustível.
De acordo com as novas previsões divulgadas em 10 de dezembro, a IATA espera um lucro líquido global de US$ 31,5 bilhões em 2024, um aumento em relação aos US$ 30,5 bilhões previstos em junho, e de US$ 36,6 bilhões em 2025.
Esses números correspondem a margens de 3,3% e 3,6%, respectivamente, que, segundo a IATA, ainda são consideradas “finas”. Estes resultados representam uma melhoria comparada ao lucro líquido de cerca de US$ 27 bilhões em 2023.
Embora o lucro líquido por passageiro previsto de US$ 6,4 bilhões em 2024 e US$ 7,0 bilhões em 2025 seja menor em comparação aos US$ 7,9 bilhões de 2023, a IATA destaca um cenário otimista para 2025.
O diretor-geral da IATA, Willie Walsh, afirma que esses resultados serão arduamente conquistados, com as companhias aéreas tirando proveito dos baixos preços do petróleo, mantendo fatores de carga acima de 83%, controlando custos de maneira rigorosa, investindo em descarbonização e gerenciando o retorno a níveis de crescimento mais normais após a recuperação pandêmica extraordinária.
Todos esses esforços ajudarão a mitigar desafios à lucratividade que estão fora do controle das companhias aéreas, como desafios persistentes na cadeia de suprimentos, deficiências de infraestrutura, regulamentações pesadas e aumento da carga tributária.
Espera-se que todas as regiões alcancem lucros líquidos agregados em 2024 e 2025, embora haja variações significativas em suas margens. Por exemplo, espera-se que as transportadoras africanas operem com margem inferior a 1%, enquanto as do Oriente Médio deverão alcançar margens de 7,7% e 8,2%, respectivamente.
Além disso, prevê-se que as receitas globais das companhias aéreas aumentem 4,4% em 2025, ultrapassando pela primeira vez a marca de US$ 1 trilhão, enquanto o número global de passageiros deverá exceder os 5 bilhões, atingindo 5,2 bilhões.
A IATA também espera que as restrições de capacidade signifiquem que a crescente demanda superará a expansão da oferta em 2025, aumentando os fatores de carga.
Entre os riscos à lucratividade das companhias aéreas, a IATA cita conflitos ao redor do mundo, incertezas sobre as políticas da nova administração Trump e preços do petróleo.
“Preços mais baixos do petróleo e consequentes custos de combustível são um grande impulsionador das perspectivas melhoradas para as companhias aéreas em 2025”, afirma a IATA. “Caso isso não se concretize por qualquer motivo e considerando as margens finas da indústria, as perspectivas podem mudar significativamente.”