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IATA solicita investigação transparente após queda do Embraer E190 abatido por russos

Imagem: Embraer

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) solicitou uma investigação completa, imparcial e transparente sobre o trágico acidente com o Embraer E190, de matrícula 4K-AZ65, que operava o voo 8243 da Azerbaijan Airlines, ocorrido em 25 de dezembro de 2024.

A investigação deve ser conduzida de acordo com o Anexo 13 da Convenção de Chicago, que exige a publicação de um relatório provisório dentro de 30 dias após o acidente.

Nossas mais profundas condolências estão com as famílias e amigos das vítimas. Por respeito às 38 pessoas que perderam suas vidas e àquelas que sobreviveram, é fundamental entendermos as causas dessa tragédia e tomar as medidas necessárias para evitar que algo semelhante aconteça novamente”, afirmou Willie Walsh, Diretor Geral da IATA.

O pedido da IATA segue declarações dos governos da Rússia e do Azerbaijão, que confirmaram que o incidente ocorreu no espaço aéreo russo, nas proximidades de operações militares.

Aeronaves civis nunca devem ser alvos, intencionais ou acidentais, de operações militares. O forte indício de que o voo 8243 da Azerbaijan Airlines possa ter sido atingido por operações militares, conforme apontado por diversos governos, incluindo os da Rússia e do Azerbaijão, torna ainda mais urgente a realização de uma investigação completa e transparente. O mundo aguarda a publicação do relatório provisório dentro do prazo de 30 dias, conforme as obrigações internacionais previstas na Convenção de Chicago. Caso se comprove que a tragédia foi causada por ações militares, os responsáveis devem ser punidos e levados à justiça”, declarou Walsh.

Em outubro de 2024, diante do aumento de conflitos globais, a IATA lembrou ao Conselho de Segurança da ONU que os estados têm obrigações claras de garantir a segurança da aviação e das infraestruturas críticas, mesmo em tempos de guerra.

Tais obrigações incluem o Artigo 48 do Protocolo às Convenções de Genebra, que proíbe ataques a objetos civis, e a Convenção de Chicago, que exige dos estados a proteção de aeronaves civis e seus passageiros, o não uso de força contra essas aeronaves e a coordenação de atividades potencialmente perigosas para a aviação civil.

Para reforçar essas diretrizes, a IATA apoia o trabalho do Comitê Consultivo Safe Skies, que visa reduzir os riscos em zonas de conflito por meio de padrões aprimorados de compartilhamento de informações sobre avaliações de risco para operadores e orientação sobre zonas de risco para estados e operadores.

Informações da IATA

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Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.
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