Desde antes da pandemia, a indústria de aviação dos Estados Unidos vem enfrentando uma escassez crítica de pilotos, que tem resultado na perda de serviço aéreo em uma grande parte dos aeroportos do país, principalmente os regionais, desde outubro de 2019. Nesse cenário, muitas medidas têm sido discutidas.
Uma destas propostas, reintroduzida por um grupo de legisladores liderado pelo senador Lindsey Graham, da Carolina do Sul, e pelo senador Joe Manchin, da Virgínia Ocidental, deseja permitir que os pilotos de linhas aéreas comerciais trabalhem até os 67 anos. A regra atual permite que os pilotos voem em linhas comerciais até os 65 anos de idade.
O projeto de Lei “Let Experienced Pilots Fly Act” foi recolocado na pauta em 21 de março e tem recebido elogios de associações do setor, que enxergam a medida como um ganho de curto prazo para enfrentar a escassez de pilotos.
A proposta exigiria que os pilotos com mais de 65 anos possuíssem um certificado médico de primeira classe que deveria ser renovado a cada seis meses. O gabinete de Graham diz que a lei “não muda ou altera qualquer outra qualificação – além da idade – para se tornar um piloto de linha aérea comercial”.
“Minha legislação estende a idade de aposentadoria obrigatória em dois anos e fará uma diferença imediata e significativa ao manter pilotos altamente treinados no trabalho”, diz Graham. “O público viajante merece mais do que está recebendo atualmente. Nosso projeto de lei move a agulha na direção certa para lidar com a escassez crítica de pilotos.”
A aprovação do Let Experienced Pilots Fly Act pode fornecer algum alívio no curto prazo, enquanto soluções de longo prazo são procuradas para modernizar os requisitos de treinamento de voo.