Idosa com doença pulmonar é expulsa de voo por não poder usar máscara

Receba as notícias em seu celular, clique para acessar o canal AEROIN no Telegram e nosso perfil no Instagram.

Avião Embraer E175 Alaska Airlines

Uma passageira de 75 anos com doença pulmonar grave foi expulsa de um voo da Alaska Airlines devido ao risco de transmitir o novo coronavírus. A idosa não conseguiria viajar com uma máscara facial durante todo o período do voo devido aos equipamentos médicos que precisava usar.

O caso foi divulgado pela agência de notícias Alaska Public Media, que entrevistou a idosa. Judy Ferguson possui fibrose pulmonar em estado avançado. Ela viajava de Fairbanks, no Alasca, para Seattle, onde passaria por mais uma etapa do tratamento com seu médico.

De acordo com a reportagem, Judy usou uma máscara facial N95 e um visor de acrílico durante todos os procedimentos de embarque, mas retirou a proteção facial ao se acomodar no assento, substituindo por um capacete com respirador.

Um funcionário da Alaska Airlines, que se identificou como agente de solo, abordou a passageira e pediu que ela retirasse o equipamento e retomasse o uso da máscara. Judy explicou que acreditava que o capacete respiratório era mais seguro do que a máscara cirúrgica que ele insistia que ela usasse. O agente da empresa informou que a máscara estava de acordo com a política de proteção facial obrigatória da companhia, ao contrário do respirador.

A confusão se agravou e o supervisor da companhia foi chamado. Ele se recusou a continuar a discussão dentro da aeronave e pediu que ela desembarcasse. Nesse momento, a passageira retirou o respirador e recolocou máscara N95 e o visor de acrílico de volta, e continuou explicando que seus médicos informaram que o capacete respiratório possuía filtros mais seguros e que as máscaras cirúrgicas tinham segurança limitada nesse caso.

De acordo com o relato, alguns funcionários da Alaska Airlines pegaram a bagagem de mão da idosa e a escoltaram para fora do avião. Ela disse que foi recebida no portão por um policial do aeroporto, que a levou até o balcão de passagens.

Um agente de balcão da Alaska Airlines se ofereceu para reservar outro voo em duas horas se ela se acalmasse. Mas ela disse que recusou e saiu do aeroporto sob escolta. “Fui emocionalmente violada, tive um estresse tremendo e uma contusão no meu braço. Foi inacreditável!”, disse Judy à reportagem.

Após conversar com advogados, Judy Ferguson resolveu não processar a companhia aérea, apesar de acreditar que seus direitos sob a Lei dos Americanos com Deficiências foram violados. Ela disse que a Alaska Airlines deveria rever sua política de máscara e garantir que o tratamento de clientes com deficiência esteja em conformidade com a legislação

Porta-vozes da Alaska Airlines e do Departamento de Transporte estadual se recusaram a falar com a imprensa sobre o incidente. Um representante do Departamento de Transporte disse, em nota, que Judy não cooperou com a equipe da companhia e foi hostil com os funcionários. O representante da Alaska Airlines disse, também por escrito, que reembolsou o custo da passagem e lançou uma investigação interna.

Com informações da Fox News e do Independent

Receba as notícias em seu celular, clique para acessar o canal AEROIN no Telegram e nosso perfil no Instagram.

Fabio Farias
Fabio Farias
Jornalista e curioso por natureza. Passou um terço da vida entre aeroportos e aviões. Segue a aviação e é seguido por ela.

Veja outras histórias