Depois de chamar, em setembro, de “decepcionante” a decisão do Aeroporto Schiphol, de Amsterdã, sobre restrição nas operações por falta de pessoal nos serviços de segurança, a companhia holandesa KLM, que tem seu grande hub de voos no local, volta a demonstrar sua insatisfação com as medidas tomadas pela administração aeroportuária.
A Schiphol anunciou que novamente restringirá drasticamente o número de passageiros que partem neste inverno. Para a KLM, “isso é simplesmente inaceitável”, declara a companhia em comunicado.
Anteriormente, as companhias aéreas foram obrigadas a reduzir o número de embarques de passageiros em 18% no período de verão até o final de outubro. Agora, o aeroporto solicitada a implementação de nova e maior redução, de até 22%, para a temporada de inverno, que dura até o final de março.
Esta situação, chamada pela KLM de “desesperadora, sem perspectiva”, está em vigor desde maio. Segundo a companhia aérea, as restrições contínuas aos passageiros estão prejudicando a reputação entre os clientes que desejam viajar após a prolongada crise do Covid.
“A situação em Schiphol exigiu demais por muito tempo de nossos clientes e colegas. A KLM afirmou anteriormente que a restrição do número de passageiros não é uma solução de longo prazo, mas parece ser para onde estamos indo agora. As restrições recém-anunciadas de Schiphol para a temporada de inverno não oferecem nenhuma perspectiva”, disse o presidente e CEO da KLM, Marjan Rintel.
A empresa aérea holandesa afirma que os padrões de serviço da administradora Schiphol, tanto para as companhias aéreas quando para seus passageiros, têm sido abaixo do padrão por muito tempo, e que isso é prejudicial para a KLM e contrasta fortemente com os crescentes custos operacionais para o uso de Schiphol, com aumentos de até 37% nos próximos anos. Além disso, os danos operacionais e de reputação já são considerados superiores a 100 milhões de euros.
Devido às novas medidas de inverno de Schiphol, a KLM diz não ter outra escolha a não ser restringir ainda mais a venda de passagens aéreas, esperando que isso garanta que possa minimizar mais cancelamentos de voos, permanecendo dentro dos limites que a administradora estabeleceu para garantir a segurança operacional no aeroporto.
O que a Schiphol diz sobre a nova decisão
A Schiphol descreve que haverá um momento no final do ano em que analisará se será possível liberar mais capacidade a partir do final de janeiro. A administradora justifica que fez essa escolha para oferecer aos viajantes uma experiência de viagem confiável, além de previsibilidade e estabilidade para as companhias aéreas. Ao mesmo tempo, o aeroporto está trabalhando arduamente para melhorar a capacidade de segurança.
Juntamente com sindicatos e empresas de segurança, a Schiphol está trabalhando em soluções estruturais para a falta de pessoal. Os esforços incluem melhores escalas, banheiros melhorados e melhores salários para os funcionários das empresas de segurança.
Com base na capacidade disponibilizada pela Schiphol, o coordenador independente de slots (ACNL) consultará todas as companhias aéreas para chegar à redução de capacidade necessária.
Com informações da KLM e da Schiphol
