Incidente mostra o que vai acontecer em Congonhas se avião tiver um problema

Cena do vídeo que você vê abaixo – Imagem: reprodução Chopper / abc6

Um incidente registrado na tarde de ontem, 22 de julho, exemplifica bem o que acontecerá em breve no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, caso um avião venha a apresentar o mesmo problema desta ocorrência, que também se relaciona ao que ocorreu no triste acidente do voo 3054 da TAM em 2007.

No caso desta quinta-feira, conforme o vídeo acima, um avião executivo enfrentou uma situação fora do comum em seu pouso, ainda sem detalhes especificados, que levou os pilotos do jato a não conseguirem reduzir totalmente a velocidade antes do final da pista em que haviam pousado.

É a chamada “runway overrun”, ou “overrun excursion”, definida pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) como um tipo de excursão de pista em que uma aeronave sai do final da pista, sem ter conseguido confinar à pista sua decolagem ou pouso.

Segundo dados publicados no sistema de compartilhamento de informações para segurança da aviação da FAA (agência reguladora da aviação dos Estados Unidos), o incidente foi registrado no aeroporto de cidade de Reading, na Pennsylvania, com o avião Cessna 560XL Citation Excel registrado sob a matrícula N46CF.

O relatório descreve que o jato, com dois pilotos e sete passageiros, sofreu uma excursão de pista no EMAS após o pouso. EMAS é o acrônimo de Engineered Materials Arrestor System, ou Sistema de Materiais de Engenharia para Detenção de Aeronaves, um material que, diante do peso do avião, degrada-se e causa o afundamento do trem de pouso, reduzindo rapidamente a velocidade.

A indicação é de que não houve feridos na ocorrência, e que os danos ao avião, caso existam, ainda são desconhecidos.

O vídeo a seguir mostra um teste de uso do EMAS feito com um Boeing 727, incluindo pessoas a bordo:

Este incidente, como citado ao início, é um bom exemplo prático do que acontecerá no aeroporto da capital paulista se qualquer aeronave enfrentar uma situação como esta, em que não é capaz de reduzir totalmente sua velocidade durante um pouso ou uma decolagem abortada.

Isso porque, como temos visto, desde maio a Infraero está implantando o EMAS no Aeroporto de Congonhas. Com isso, todos os envolvidos nas operações do local terão essa segurança de que haverá mais um método de proteção contra eventualidades assim.

Para ver mais detalhes sobre as obras do EMAS em Congonhas, você pode acessar clicando aqui ou no título a seguir:

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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