Incluindo o Brasil, 38 dos 50 maiores mercados de aviação não têm quarentena aos vacinados

Imagem: IASTI-UK

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA – International Air Transport Association) anunciou que apoia o ritmo crescente para a reabertura das fronteiras e o relaxamento das restrições de viagem, à medida que a COVID-19 entra na fase endêmica.

Uma pesquisa da IATA sobre restrições de viagem nos 50 principais mercados de viagens aéreas do mundo (compreendendo 88% da demanda internacional em 2019, medida em passageiro pagante-quilômetro) revelou o crescente acesso disponível para viajantes vacinados:

– 25 mercados, que representam 38% da demanda internacional de 2019, estão abertos a viajantes vacinados sem exigência de quarentena ou teste – um aumento em relação aos 18 mercados (28% da demanda internacional de 2019) em meados de fevereiro;

– 38 mercados, que representam 65% da demanda internacional de 2019, estão abertos a viajantes vacinados sem exigência de quarentena – um aumento em relação aos 28 mercados (50% da demanda internacional de 2019) em meados de fevereiro.

Na tabela a seguir, que apresenta a divisão dos 50 maiores mercados de aviação por regiões do planeta e dos 38 que não exigem quarentena aos viajantes, os 9 países das Américas são Canadá, Estados Unidos, México, República Dominicana, Colômbia, Peru, Brasil, Argentina e Chile.

Várias pesquisas da IATA realizadas com passageiros durante a pandemia mostraram que os testes e principalmente a quarentena são as principais barreiras para as viagens.

As viagens na Ásia continuam fortemente comprometidas pelas restrições da COVID. Enquanto o tráfego internacional na América do Norte e Europa se recuperou e atingiu -42% em relação aos picos de 2019 no ano passado, o tráfego na região Ásia-Pacífico permaneceu em -88%. Mesmo assim, houve algum progresso nessa região: Índia, Malásia e outros países anunciaram recentemente o relaxamento das restrições.

A flexibilização das medidas é reflexo do crescente consenso de que restrições de viagens, como fechamento de fronteiras e quarentena, pouco fazem para controlar a propagação da COVID-19. Um relatório recente da OXERA e Edge Health, que analisou a disseminação da variante ômicron na Europa, concluiu que as restrições de viagem podem atrasar o pico de uma onda de surto em apenas alguns dias.

“O mundo está amplamente aberto para as viagens. À medida que a imunidade da população cresce, mais governos estão gerenciando a COVID-19 por meio de vigilância, como fazem para outros vírus endêmicos. Esta é uma ótima notícia para um número crescente de destinos que terão um aumento na atividade econômica, tão necessário considerando as próximas temporadas de viagens da Páscoa e do verão do hemisfério norte. A Ásia é uma exceção. Esperamos que os relaxamentos recentes, incluindo Austrália, Bangladesh, Nova Zelândia, Paquistão e Filipinas, sirvam de exemplo para restaurar a liberdade de viajar, processo que está em estágio mais avançado em outras partes do mundo”, disse Willie Walsh, diretor geral da IATA.

Informações da IATA

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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