Através de uma publicação nas redes sociais, a Infraero, estatal que administra o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, compartilhou imagens que mostram o estado atual das obras. A administradora também comenta que o investimento chega a R$ 122 milhões e o tempo total do projeto será de 16 meses.
“O EMAS é um sistema inédito na América Latina, extremamente avançado e auxiliará na desaceleração dos aviões que ultrapassarem os limites da pista. Isso melhorará os níveis de operacionalidade e segurança de um dos maiores aeroportos do País, garantindo mais tranquilidade na sua viagem”, disse a empresa.
Até agora, foram realizadas a fundação, estaqueamento e demais serviços civis necessários à infraestrutura metálica que dará suporte à instalação do sistema EMAS na cabeceira 17R. O projeto também engloba a outra cabeceira, 35L.
O sistema
O EMAS – acrônimo de Engineered Materials Arrestor System, ou Sistema de Materiais de Engenharia para Detenção de Aeronaves – será instalado no aeroporto mais central da maior cidade do país, elevando o patamar de segurança operacional do aeródromo.
Trata-se de um sistema composto por materiais que reduzem a velocidade da aeronave, que acaba afundando e atolando na sua superfície, sem sair da pista e sem causar grandes danos ao avião. Ele se assemelha muito às áreas de escape que há em algumas rodovias brasileiras, compostas por brita e outros materiais, e que servem para os caminhões e ônibus pararem caso percam o freio na descida.
As obras começaram na cabeceira 17R, entre o fim da pista e o suporte do Sistema de Luzes de Aproximação (ALS), próximo à Avenida Washington Luís. Esse é o mesmo local onde o fatídico voo TAM3054 saiu da pista e causou o maior acidente aeronáutico do país.
Apesar do relatório do CENIPA apontar como causas principais da saída da aeronave da pista a potência contínua em um dos motores, que estava com o reverso inoperante (embora este recurso não seja utilizado para cálculo de pista), outros fatores que contribuíram para a tragédia foram a falta de aderência do pavimento, falta de escoamento, além de ter pouca margem para erro, vis-à-vis a criticidade do aeroporto. Esse último ponto será mitigado pelo EMAS.