O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, ameaçou na segunda-feira (18) atacar “no coração” de Israel se Tel Aviv fizer o “menor movimento” contra Teerã. Falando em um desfile militar que marca o Dia Nacional do Exército, Raisi disse que se a segurança do Irã for ameaçada pelo arqui-inimigo Israel, suas forças armadas retaliarão fortemente.
“Nossa mensagem para Israel é que, se você busca a normalização dos laços com os países da região, deve saber que mesmo seus menores movimentos não estão escondidos de nossa inteligência, segurança e militares”, disse Raisi no comício com a presença de altos oficiais militares. “E você deve saber que, se fizer o menor movimento contra o Irã, o destino das forças armadas do Irã seria o coração de Israel”, acrescentou.
Segundo reportou a agência estatal turca Anadolu, durante a cerimônia, os militares iranianos exibiram uma variedade de armas, drones e sistemas de defesa de fabricação nacional no desfile nos arredores de Teerã.
O drone
O Kaman-22, um drone estratégico de longo alcance pertencente à Força Aérea do Irã, capaz de transportar diversos tipos de carga com duração de voo de 24 horas, foi exibido pela primeira vez em público. Segundo oficiais iranianos, o equipamento tem um alcance operacional de mais de 3.000 km e é capaz de voar a até 8.000 metros de altitude.
Além do Kaman-22, uma série de caças pertencentes ao exército iraniano também realizou manobras aéreas na ocasião.
O desfile do Dia Nacional do Exército deste ano ocorreu semanas depois que a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC) assumiu a responsabilidade por um ataque ao que alegou ser um “centro estratégico” israelense em Erbil, na região curda do norte do Iraque.
Na semana passada, Raisi disse ao ministro das Relações Exteriores do Iraque, Fuad Hussein, que o Irã estava “observando de perto” as ações de Israel e não permitirá que eles “ponham em risco a segurança da região através de qualquer país”.
Israel foi responsabilizado por uma série de ataques de sabotagem às principais instalações nucleares do Irã e pela morte de vários cientistas nucleares iranianos.
