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Itapemirim diz que só parou de voar porque os funcionários abandonaram seus postos

O empresário Sidnei Piva, dono do grupo Itapemirim, deu uma entrevista ao Estadão em que culpa sua equipe pela suspensão das operações. Segundo ele, a Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) não tem problemas de caixa e parou de voar porque os funcionários do check-in, todos terceirizados, abandonaram seus postos de trabalho, sem deixar a empresa com tempo hábil para contratar novos agentes.

Rubens Filho, presidente da WFS Orbital, a empresa contratada pela Itapemirim para prover o serviço em alguns aeroportos, e citada por Piva na entrevista, disse que isso é mentira e que sua companhia segue atuando, mesmo sem expectativa de ser remunerada pela Itapemirim.

Piva também negou haja funcionários com salários atrasados e disse que ele próprio não está recebendo seus vencimentos por decisão própria. No entanto, em contradição ao que diz Piva, sua empresa foi recentemente oficiada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), após atrasos no pagamento de salários, ausência de depósito do FGTS e por cortar o plano de saúde. Além disso, sua própria empresa emitiu uma nota no começo desse mês dizendo que quitaria salários atrasados da equipe.

Ele também fala que vai voltar a voar e que conta com investidores interessados no negócio. Ele também confirma que o aporte árabe jamais chegou e que toda a operação está amparada em autorizações dadas pela justiça no âmbito da recuperação judicial do seu grupo, alegando que todos os investimentos na empresa aérea foram autorizados.

Por fim, ele comentou sobre sua empresa no Reino Unido e o suposto negócio com criptomoedas, cujos detalhes podem ser vistos na matéria do Estadão.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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