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Jatinho Embraer Legacy envolvido no rolo da FTX terá que ser entregue ao governo dos Estados Unidos

A Island Air Capital, empresa de fretamento aéreo das Bahamas, de propriedade do empreendedor Paul Aranha, concordou em entregar a propriedade de um jato executivo Legacy 600, de registro C6-BDE, ao Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos.

Como informam veículos de imprensa internacionais, o acordo também prevê que a empresa receberá US$ 1,98 milhão em compensação e retirará as ações judiciais que havia apresentado contra a empresa de criptomoedas FTX, que havia adquirido duas aeronaves por meio da Island Air Capital em 2022.

Nos termos do acordo, a Island Air Capital concordou em voar com a aeronave Embraer até o aeroporto Fort Lauderdale Executive, entregando-a à custódia do governo. O governo dos Estados Unidos pagará à empresa das Bahamas pela manutenção das duas aeronaves e custos associados ao transporte do Legacy para os Estados Unidos, segundo informações obtidas através de documentos judiciais.

Paul Aranha começou a voar com o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, de e para as Bahamas em 2021 usando a Trans Island Airways, uma empresa de fretamento que fundou em 2012. Com o aumento do volume de serviços entre as duas partes, a FTX concordou em financiar a compra de duas aeronaves “com um empréstimo não garantido e sem juros”. O acordo foi selado entre Aranha e Bankman-Fried com um aperto de mão.

A Island Air Capital adquiriu um Global Express 5000 em março. No entanto, após Bankman-Fried ser acusado de sete crimes, incluindo conspiração para cometer fraude e lavagem de dinheiro, toda a propriedade derivada dos processos rastreáveis aos crimes, incluindo as duas aeronaves, se tornaram “apreendíveis” pelas autoridades americanas, sob a suspeita de que a FTX poderia ser a dona dos aviões, mas tentou esconder essa propriedade.

As autoridades americanas apreenderam o G500 em Fevereiro de 2023, mas o Legacy 600 permaneceu nas Bahamas enquanto a litigância continuava. A Island Air Capital pediu ao tribunal de falências que a reconhecesse como proprietária das duas aeronaves e obtivesse permissão para operá-las, administrá-las e vendê-las.

“Estou satisfeito por ter chegado a um acordo com o governo americano e o patrimônio da FTX para me compensar pelos cuidados com os aviões após o colapso da FTX e para fazer isso a partir dos rendimentos da venda dos aviões”, disse Aranha ao jornal The Tribune, das Bahamas.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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