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Um avião Embraer da Azul teve uma indicação de vazamento no sistema anti-gelo e acabou trocando de aeroporto ao pousar no Rio de Janeiro.
O caso aconteceu na última segunda-feira, dia 19, e publicado pelo CENIPA – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – após terem finalizado os trabalhos de avaliação da ocorrência.
A aeronave envolvida foi o Embraer E195-E1 operado pela Azul registrado sob a matrícula PR-AXA, batizado de Azul Safira. Ele decolou do Aeroporto de Vitória em voo para o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com 105 passageiros e cinco tripulantes.
Segundo descrevem os dados do CENIPA, durante o voo de cruzeiro surgiu a indicação “Anti-Icing Wing 1 Leak”, que aponta vazamento do sistema anti-gelo na asa de número 1 (esquerda). Após terem feito os checklists relacionados a este tipo de mensagem, a tripulação optou por alternar para o Aeroporto do Galeão, que conta com uma pista maior.
A aeronave pousou sem nenhuma intercorrência adicional e, mais tarde, voltou a voar naquele mesmo dia.
O Embraer E195-E1 conta com sistema anti-formação de gelo nas asas, para dar maior segurança ao voo em condições climáticas favoráveis à formação de gelo.
A seção dianteira da asa (bordo de ataque) é aquecido por ar comprimido que é retirado (sangria) do motor na região do estágio de baixa pressão (LP) do compressor do mesmo, antes da combustão, conforme diagrama acima, com o caminho percorrido pelo ar em vermelho.
O indicativo emitido pelo avião da Azul aos pilotos mostra que dentro deste sistema estaria ocorrendo um vazamento ou um super-aquecimento. Neste caso, os pilotos devem seguir o manual, que define que seja desligada a função de anti-gelo das asas e que a tripulação tire a aeronave da condição de formação de gelo e a evite.
Caso o problema persista, é necessário desligar a sangria do motor no lado da asa afetada, também desligando a chamada crossbleed, válvula que controla quando o ar sugado de um motor alimenta os sistemas do lado oposto.
Após isto, a aeronave fica limitada a voar a não mais que 31 mil pés (9.440m) de altitude e pode ter limite de acionamento dos flaps durante o pouso. Este pode ter sido o motivo pela escolha do pouso na pista mais longa do Galeão.
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