O Boeing 757 modificado, nomeado Excalibur, está desempenhando um papel crucial no apoio às atividades do Future Combat Air System (FCAS) do Reino Unido. Após passar por modificações significativas, a aeronave completou uma série inicial de voos de estabilidade, reforçando sua função de “laboratório voador” para novas tecnologias de combate aéreo.
A Excalibur realizou seu primeiro voo pós-modificação em 4 de novembro, partindo do campo de aviação de Lasham em Hampshire para o local de testes em Boscombe Down, administrado pelo Ministério da Defesa do Reino Unido. A aeronave, registrada como G-FTAI, realizou cinco voos que acumularam cerca de 14 horas e 45 minutos no total.
Este avião de teste foi equipado com três grandes estruturas externas para suportar sensores avançados em desenvolvimento, parte do esforço para criar um caça de “sexta geração”, conhecido como Tempest. Estes sensores incluem o Integrated Sensing and Non-Kinetic Effects (ISANKE) e Integrated Communications Systems (ICS) desenvolvidos pela Leonardo UK.
Os voos iniciais revelaram ajustes necessários na estrutura da aeronave, especialmente na integração com novos sensores e sistemas de efeito. Problemas com o fluxo de ar disruptivo nos portos estáticos do 757 foi abordado com a instalação de uma sonda de sensor adicional no topo da empenagem da aeronave para garantir dados aéreos precisos.
O Excalibur passará por mais modificações ao longo de 2025, incluindo um novo nariz que suportará demonstradores de sensores avançados baseados em radar, aumentando o comprimento da aeronave em 3 metros. Um grande pod será instalado sob a fuselagem traseira, e dois trocadores de calor serão montados na parte inferior da fuselagem traseira para suporte de sensores avançados.
A plataforma Excalibur será vital para o programa FCAS do Reino Unido e o Global Combat Air Programme (GCAP), uma colaboração entre o Reino Unido, Itália e Japão. O Air Commodore Martin Lowe destaca que o Excalibur testará tecnologias para o GCAP, com voo previsto até 2035. Essa abordagem de teste e desenvolvimento visa acelerar a entrega de capacidades operacionais.
O framework ISANKE & ICS integrará sistemas de RF multifuncionais, sensores eletro-ópticos/infravermelhos, comunicações e guerra eletrônica, otimizando o uso do espectro eletromagnético. Algumas tecnologias já foram testadas na Excalibur, demonstrando sua prontidão para aceitar equipamentos adicionais e antecipar cronogramas de voo, conforme revelado por Riley, da 2Excel.
A contínua inovação e colaboração internacional são centrais para o sucesso do FCAS, com expectativas de parcerias internacionais a partir de 2027 ou 2028, conforme os desenvolvimentos do projeto avançam.