Jatos Embraer 190 ganham sobrevida na Copa Airlines com demora da volta do 737 MAX

Os jatos E190, produzidos pela fabricante brasileira Embraer, vão ganhando longevidade em suas operações à medida que companhias aéreas buscam alternativas à falta de aeronaves, por consequência da continuidade da suspensão do 737 MAX da Boeing.

Copa Airlines Avião Embraer E190
Embraer 190 da Copa Airlines – Imagem: Aeroprints [CC]

Dessa vez, a panamenha Copa Airlines foi quem adiou em alguns meses a retirada planejada de seus Embraer 190, conforme revelou o diretor financeiro José Montero durante uma teleconferência trimestral.

“Agora está claro que alguns desses importantes eventos de transição da frota vão para a parte final de 2021. Isso acontecerá no quarto trimestre de 2021, enquanto antes tínhamos a saída prevista durante o segundo trimestre de 2021”, disse Montero.

A companhia aérea tinha em seu plano de transição original a premissa de que o 737 MAX voltaria a voar durante o primeiro trimestre de 2020, mas já removeu o modelo de sua programação de voos até o final de agosto de 2020.

Plano de economia

A Copa Airlines lançou um plano como parte de uma estratégia mais ampla de reduzir o custo por assento disponível por milha (CASM) não relacionado a combustível para menos de US$ 0,06. No quarto trimestre de 2019, o indicador atingiu US$ 0,069.

“O plano tinha quatro componentes. Um era a saída do E190 da frota. O segundo era uma configuração mais densa no MAX, em um subconjunto da aeronave 737-9 que estamos recebendo. O terceiro era o programa de densificação do 737-800 que iniciaremos. E o quarto, nossas iniciativas gerais de economia”, explicou Montero.

Impactos do MAX

Dessas quatro iniciativas, duas delas são afetadas pelo cronograma revisado do MAX, que são a saída do E190 da frota e a configuração do MAX-9. Com isso, a Copa prevê que o plano sub-US$ 0,06 provavelmente estará em vigor até o final do ano.

Atualmente, a empresa aérea opera 14 aviões E190 com idade média de 12,9 anos e mais de 70 Boeing 737-700 e -800. Possui ainda seis 737 MAX-9 suspensos, além de outros 55 encomendados, incluindo também o modelo maior 737-10.

No Brasil, utiliza os três modelos atualmente operacionais para voos entre a Cidade do Panamá e as cidades de São Paulo, Manaus, Recife, Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre e Belo Horizonte.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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