Juiz rejeita pedido de aéreas para serem consideradas vítimas de crime no caso do 737 MAX

Na noite de quinta-feira (25), o juiz distrital dos Estados Unidos, Reed O’Connor, negou o pedido legal feito por famílias das vítimas de dois acidentes com o Boeing 737 MAX para reabrir ou rejeitar um acordo de processo diferido de janeiro de 2021, relatou a agência de notícias Reuters.

O acordo entre a Boeing e o Departamento de Justiça garantiu imunidade à fabricante de aviões americana por acusações de conspiração de fraude relacionada ao projeto defeituoso do avião. O’Connor disse não havia meios legais aceitar o pedido. O juiz também rejeitou os pedidos da companhia aérea polonesa LOT e da tcheca Smartwings para considerá-los vítimas no processo criminal do Boeing 737 MAX.

A Boeing foi acusada pela morte de 346 pessoas em dois acidentes no 737 MAX na Indonésia e na Etiópia. A aeronave foi aterrada em todo o mundo em março de 2019 por 20 meses, o que lhe custou mais de US$ 20 bilhões. Por sua vez, o acordo do Departamento de Justiça incluiu uma multa de US$ 243,6 milhões, uma indenização às companhias aéreas de US$ 1,77 bilhão e um fundo de US$ 500 milhões para vítimas de acidentes.

Em setembro, a Boeing pagou US$ 200 milhões para encerrar as acusações civis da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos Estados Unidos por ter enganado os investidores sobre a segurança do 737 MAX.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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