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Jumbo apreendido na Argentina decolou apenas com 2 pilotos e pousou com 23 pessoas

O desenrolar da apreensão do Jumbo venezuelano-iraniano na Argentina se torna mais obscuro, com a revelação que os iranianos não estavam ajudando a tripulação venezuelana.

Divulgação – Conviasa

As suspeitas do voo ter ligação com algo obscuro começaram com a lista da tripulação, na qual faltavam pessoas e, mesmo dentre quem estava listado, havia cidadãos iranianos que, em tese, não estavam participando da operação do voo. Após ser descoberto que a aeronave já contava com o boicote americano por causa das ligações com Irã, as investigações se aprofundaram e chegaram até às caixas-pretas da aeronave.

De início a Venezuela negou que tivesse algo ou alguém de ilegal na aeronave, apesar da lista de passageiros estar divergente. Porém, 23 tripulantes para um voo cargueiro é algo estranho, que os venezuelanos não souberam explicar. Geralmente, um voo de carga decola com uma ou duas tripulações, totalizando não mais do que oito pessoas.

Os tripulantes venezuelanos eram 14: Victoria Vanessa Valdivieso Marval, Vicente Antonio Raga Tenias, Zeus Andrés Rojas Velásquez, Ricardo Antonio Rendón Oropeza, Nelson Alberto Coello, Mario Urdaneta Arraga, Víctor Pérez Gómez, José García Contreras, Cornelio Trujillo Candor, José Ramírez Martínez, Jesús Landaeta Oraa, Armando Marcano Estreso, Albert Pérez Ginez, Ángel Marín Ovalles.

Já os iranianos são 5: Gholamreza Ghasemi Abbas, Abdolbaset Mohammadi, Mohammad Khosravi Aragh, Mahdi Mouseli y Saeid Vali Zadeh.

A carga foi confirmada como legítima e saiu do México para a Argentina com uma escala em Caracas. No entanto, agora foi revelado que o avião chegou e saiu do México com apenas dois pilotos, exatamente o mínimo necessário, e que eles eram venezuelanos.

Segundo um jornalista mexicano disse à Rádio Jái, o governo do México confirmou seu controle rígido no Aeroporto de Querétaro, onde o Jumbo foi embarcado com peças automotivas. E a todo o momento havia apenas dois tripulantes no 747. Com esta afirmação das autoridade mexicanas, fica claro que os iranianos embarcaram na Venezuela durante a parada técnica, e que eles não estavam ali para treinar os pilotos venezuelanos, que já tinham ido e voltado ao México sozinhos.

Pilotos Gholamreza Ghasemi e Mahdi Museli, iranianos ligados à força Quds e a Qeshm Fair Air, que foram presos na Argentina

A situação só piorou após um deputado argentino revelar e mostrar passaportes americanos falsos utilizados por iranianos que estavam no país 60 dias atrás. Eles foram pegos com a documentação falsa em Viedma, capital da província de Rio Negro, distante de Buenos Aires.

No passaporte americano forjado constava que os dois homens tinham nascido no Paquistão e adquirido cidadania americana, mas os EUA negaram a veracidade do documento. Ainda não está claro se existe uma ligação entre os iranianos presos em Viedma com os que estavam com o Jumbo, mas as autoridades argentinas investigam detalhadamente o caso, enquanto o 747-300 continua parado em Ezeiza.

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