Jumbo fica por longo tempo na pista do aeroporto de Campinas após outro reportar colisão; acompanhe

Cena do vídeo apresentado abaixo – Imagem: canal Golf Oscar Romeo

Uma gravação feita na última terça-feira, 22 de novembro, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), disponibiliza mais uma interessante oportunidade de acompanhar a sequência de ações diante de uma ocorrência de colisão com pássaro na pista.

O vídeo a seguir foi captado pela câmera ao vivo do canal “Golf Oscar Romeo” no YouTube, que mostra, 24 horas por dia, os pousos e decolagens do aeroporto campineiro, um dos mais movimentados do país. Abaixo do player, acompanhe a descrição do que ocorreu.

Nas imagens vistas na gravação acima, o Boeing 747-8F de matrícula LX-VCE, da Cargolux, chegou pela pista 15 de Viracopos às 20h00 da terça-feira, no voo CLX-6832 proveniente de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, e livrou a pista pela taxiway F (“Foxtrot”), enquanto outro Boeing 747 se preparava para decolar.

Esse segundo Jumbo Jet era o 747-400F de matrícula N451PA, da Atlas Air, que partia para o voo GTI-32 com a Miami.

Como foi possível ouvir nas mensagens da frequência de comunicação que acompanha as imagens, o controlador de tráfego aéreo já havia dado a autorização de entrada na pista e de decolagem aos pilotos do Boeing 747 da Atlas, quando, instantes depois, recebeu a informação de que os pilotos da Cargolux reportaram uma colisão com ave (“bird strike”) durante o pouso.

Assim, conforme procedimento padrão de segurança, o controlador instruiu que os pilotos da Atlas mantivessem o Jumbo na cabeceira 15, pois seria efetuada uma inspeção de pista para verificar se não havia ficado algum detrito em função da colisão.

Um veículo do aeroporto é então visto entrando na pista, sendo possível acompanhar como funciona a inspeção de pista. Nota-se que o motorista percorre toda a extensão da pista desde a cabeceira 33 até a posição do Boeing 747 na cabeceira 15.

Também é interessante notar que os pilotos apagam as luzes da aeronave quando o veículo se aproxima, para evitar que atrapalhassem o procedimento, além de poderem causar danos à visão devido à sua elevada intensidade luminosa.

Por fim, com a inspeção encerrada, a decolagem é autorizada, cerca de 9 minutos depois que o Boeing 747 havia sido alinhado na pista.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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