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Jumbos serão transformados em ‘aviões do juízo final’ por parceira da Embraer

Foto – DepositPhotos

A companhia Korean Air anunciou em um comunicado na bolsa de valores de Sul na quarta-feira que venderá cinco de seus aviões Boeing 747-8i para a empresa Sierra Nevada Corporation (SNC), para serem modificados como “Aeronaves do Juízo Final” para a Força Aérea dos Estados Unidos.

A SNC recebeu um contrato de US$13 bilhões de dólares americanos para o projeto de Centro de Operações Aéreas Sobreviventes (SAOC), cujo objetivo é desenvolver o sucessor dos Boeing E-4 Advanced Airborne Command Post (“Posto de Comando Aerotransportado Avançado” em inglês) do projeto “Nightwatch”, que são uma série de quatro aviões de comando e controle estratégico operados pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) em situações de grave ameaça nacional, como uma guerra nuclear.

Segundo informações da Reuters e apurado pelos parceiros do Aviacionline, a Korean Air venderá as aeronaves em setembro de 2025 por um valor aproximado de US$674 milhões de dólares, conforme o plano de médio e longo prazo da empresa de se livrar das aeronaves mais antigas para substituí-las por outras de nova geração.

Atual E-4B / Foto – DepositPhotos

Ao contrário dos atuais E-4B baseados no Boeing 747-200 e em serviço desde os anos 70, o 747-8 teve seu primeiro voo em 8 de fevereiro de 2010 (na versão de carga) e a versão “Intercontinental” de passageiros voou pela primeira vez em 20 de março de 2011, portanto são aeronaves com muito futuro pela frente.

A Sierra Nevada informou que o trabalho para modificar essas aeronaves para a configuração SAOC deve ser concluído até 2036, e considerando que sua vida operacional será medida em décadas, é provável que as “Aeronaves do Juízo Final” que os futuros líderes norte-americanos usarão acabem se tornando os últimos 747 em serviço no mundo.

Hoje, a SNC é parceira da Embraer na montagem de aviões de ataque leve A-29 Super Tucano em Jacksonville na Flórida. Através desta parceria, a fabricante brasileira consegue vender a aeronave como produto americano, principalmente para nações estrangeiras e aliadas dos EUA que têm poucos recursos financeiros, e são beneficiadas por meio de assistência militar no programa FMS, o Foreign Military Sales.

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