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Justiça aumenta indenização para atleta após voo cancelado epla GOL e atraso de 11 horas

Boeing 737 MAX 8 da GOL Linhas Aéreas

A Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) deu provimento parcial ao recurso de apelação n.º 0871074-98.2023.8.15.2001 interposto por uma passageira, majorando de R$ 3 mil para R$ 5 mil o valor da indenização por danos morais em ação contra a GOL Linhas Aéreas. O caso envolve o cancelamento de voo e atraso de 11 horas para a chegada ao destino.

De acordo com o serviço de imprensa do TJPB, a passageira, atleta de natação, retornou de uma competição em Belém/PA com destino a Recife/PE, em voo originalmente programado para às 16h55 do dia 9 de julho de 2023, com chegada prevista às 00h05 do dia seguinte. Entretanto, o embarque sofreu atrasos e, posteriormente, foi cancelado sem justificativas. A companhia aérea providenciou reacomodação em outro voo, mas a passageira somente chegou ao destino final às 11h45, com um atraso total de 11 horas e 40 minutos.

Na petição inicial, a autora alegou falha na prestação de serviço, incluindo a ausência de informações claras e suporte inadequado, como o fornecimento de um voucher de apenas R$ 40,00 para alimentação. Pleiteou indenização por danos morais no valor de R$ 10 mil.

Em contestação, a companhia aérea sustentou que o cancelamento se deu por problemas técnicos, que a reacomodação foi realizada em tempo hábil e que a assistência foi prestada conforme determinações legais.

A desembargadora Anna Carla Lopes, relatora do processo, destacou que a Resolução nº 141/2010 da ANAC determina a reacomodação em voo equivalente ou o reembolso integral em casos de atrasos superiores a 4 horas. Apontou, ainda, que a empresa não conseguiu provar os motivos do cancelamento, conforme exige o artigo 373, inciso II, do Código de Processo Civil.

No que diz respeito ao valor da indenização, a relatora ponderou que este deve observar critérios de razoabilidade e proporcionalidade, buscando compensar o dano sofrido, punir a conduta lesiva e prevenir novas práticas. Com base nessas diretrizes, decidiu pela majoração do valor indenizatório de R$ 3 mil para R$ 5 mil, conforme as circunstâncias fáticas, a gravidade objetiva do dano e seu efeito lesivo.

Da decisão cabe recurso.

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Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.
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