KLM chama de decepcionante a decisão tomada por sua grande base, o aeroporto Schiphol

Aeroporto Schiphol – Imagem: Ikreis / CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

A holandesa KLM, a mais antiga companhia aérea do mundo, afirmou na última sexta-feira, 16 de setembro, que considera decepcionante verificar que o aeroporto Schiphol de Amsterdã, sua grande base de voos, adotará novamente medidas drásticas com tão pouco tempo de antecedência.

Schiphol anunciou novamente que introduzirá, até 31 de outubro, mais restrições ao número total de passageiros que partem de suas instalação.

“As medidas terão consequências de longo alcance para nossos passageiros, colegas e a reputação nacional e internacional de Schiphol e, portanto, da KLM”, lamenta a empresa aérea.

Diante disso, a KLM descreve que está atualmente avaliando quais serão as consequências das novas restrições. As expectativas da companhia são de que haverá mais clareza sobre isso dentro de alguns dias.

“A KLM fará todos os esforços para garantir que os passageiros que já reservaram passagens possam de fato viajar. Os passageiros que preferirem viajar mais tarde devido a esta situação poderão remarcar os seus voos sem custos adicionais”, comunica a companhias, buscando tentar tranquilizar seus clientes.

“Esperamos que a situação no aeroporto seja resolvida de forma rápida e eficaz para que os passageiros e as companhias aéreas saibam o que terão de enfrentar – também a longo prazo”, conclui a empresa.

O que disse Schiphol sobre a decisão

Segundo a Shiphol, empresa administradora do aeroporto, a limitação de movimentação de passageiros foi implantada porque as empresas de segurança que trabalham em Schiphol fornecerão menos seguranças nos próximos meses do que indicaram anteriormente.

Como resultado, Schiphol terá que reduzir o número máximo de passageiros que partem localmente por dia em uma média de 18% (9.250). Esta redução, que é adicional a outra limitação já em vigor, será até, pelo menos, 31 de outubro. Os efeitos disso se tornarão visíveis nas próximas duas semanas.

Schiphol ainda considera que será necessário aplicar limitações ao número diário de passageiros pelo menos até o final do ano.

“Esta decisão, em primeiro lugar, é uma má notícia para os passageiros e para as companhias aéreas”, diz o COO Hanne Buis, do Royal Schiphol Group. “Estou plenamente ciente disso. No entanto, a decisão tomada é necessária tendo em mente a segurança dos passageiros e funcionários. Todos os que trabalham em Schiphol fazem o possível para garantir que a viagem de cada passageiro seja o mais agradável possível. Estou incrivelmente orgulhoso disso.”

A Schiphol pede às empresas de segurança que ofereçam horários completos para as escalas dos guardas de segurança. Hanne Buis diz: “Está claro que são necessárias melhorias estruturais. Em conformidade com o Acordo Social. Isso precisa ser tratado com urgência.”

Até agora, havia sido definido um máximo de 67.500 viajantes com partida em Schiphol por dia em setembro e 69.500 em outubro. O novo máximo será de 54.500 por dia em setembro e 57.000 por dia em outubro.

Segundo a Schiphol, o objetivo de estabelecer um máximo é garantir a segurança dos viajantes e funcionários e criar um processo confiável no aeroporto. Com base na capacidade disponibilizada pelo aeroporto, o órgão coordenador independente de slots (ACNL) consultará todas as companhias aéreas para obter a redução de capacidade necessária.

Com informações da KLM e da Schiphol

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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