LATAM coloca nova barreira nos planos, já murchos, de integração da Viva Air pela Avianca

No último dia em que terceiros interessados ​​no processo de integração entre Viva Air e Avianca poderiam recorrer da aprovação que a autoridade aeronáutica colombiana havia concedido, a LATAM informou que interpôs recurso junto à Aerocivil, acrescentando uma instância ao já longo processo administrativo processo, reporta o Aviacionline.

Segundo informou a empresa, a LATAM Colômbia realizou uma “rigorosa análise da decisão” e “considera que ainda no condicionamento dos slots (horários de decolagem e pouso) no Aeroporto El Dorado é necessário definir alguns critérios e elementos de forma que não sejam geradas ineficiências em seu uso, o que poderia reduzir a eficácia desta medida como remédio para os efeitos anticompetitivos da integração”.

A operadora destaca que “apesar da suspensão das operações da Viva Air por mais de um mês, esta companhia aérea ainda não devolveu formalmente os slots do Aeroporto El Dorado à autoridade aeronáutica” e destaca que até o momento eles não foram reatribuídos.

A empresa também informou que “continuará com o trabalho de oferecer alternativas de conectividade para o país como tem feito até agora”, e destaca a incorporação de cinco Airbus A320 , o equivalente a 210 mil assentos por mês e um aumento de 20% no a oferta doméstica. A LATAM Colômbia destaca que contratou 220 trabalhadores da Viva Air entre tripulações e técnicos de manutenção que atendem a essas cinco aeronaves adicionais. 

A empresa acrescenta em seu comunicado que redobrou seus esforços para manter o Caribe colombiano conectado e abastecido, aumentando para nove voos diários de passageiros para San Andrés e realizando oito voos cargueiros com seus Boeing 767, transportando 97 toneladas de suprimentos.

A Viva Air suspendeu as operações no mês passado, deixando milhares de passageiros na mão. Enquanto isso, o processo de integração com a Avianca seguia a passos lentos, com a autoridade aeronáutica e concorrentes defendendo que isso iria de encontro às práticas concorrenciais.

Por fim, no final de março a Aerocivil concedeu a aprovação para a fusão, com ressalvas, mas, neste ponto, a Avianca já não demonstrava o mesmo interesse de meses atrás. O caso, portanto, segue indefinido.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias