A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) divulgou nesta sexta-feira, dia 4 de novembro, a atualização do painel de indicadores de tarifas aéreas domésticas, que indica que o bilhete aéreo em agosto foi comercializado pelo preço médio de R$ 687,82.
Esse preço médio corresponde a uma alta real de 34,7% em comparação com o mesmo mês em 2019, antes da pandemia de covid-19, quando a tarifa média custava R$ 510,67.
O preço do querosene de aviação (QAV), entre julho/2019 e julho/2022, aumentou cerca de 169%, embora desde o final de agosto este item venha apresentando queda nos preços divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).
O painel de tarifas aéreas domésticas mostra que 21% dos bilhetes comercializados em agosto custaram até R$ 300,00; cerca de 45% foram vendidos abaixo de R$ 500,00; e 7,6% custaram acima de R$ 1.500,00.
Os cinco estados dos principais destinos domésticos em agosto (SP, RJ, MG, PR e DF) representaram cerca de 53% do total comercializado, sendo que apenas São Paulo representou 24,8% desse total (tarifa média de R$ 645,62), configurando-se o destino doméstico mais procurado em agosto, seguido do Rio de Janeiro, com 9,5% (tarifa média de R$ 681,92), e Minas Gerais, com 6,7% (tarifa média de R$ 596,30).
O valor médio pago pelo passageiro por quilômetro voado, também conhecido como yield, subiu 24,5% em agosto deste ano (R$ 0,5483) em relação ao resultado apurado em 2019 (R$ 0,4405). Nesse item, o Acre apresentou o menor valor do yield, de R$ 0,3481. No oposto, Minas Gerais foi a Unidade da Federação com o maior valor por quilômetro voado, R$ 0,7031.
No que diz respeito às três grandes empresas aéreas do mercado brasileiro, a Latam Brasil apresentou o maior aumento mensal de tarifa média, em 21,6%, atingindo R$ 621,71, porém, mantendo-se ainda abaixo das duas outras.
A Azul Linhas Aéreas teve o maior aumento mensal de tarifa média, de 13,2%, chegando a R$ 789,56, enquanto a Gol Linhas Aéreas aumentou 10,8%, para R$ 642,23.
No oitavo mês do ano, a disponibilidade de voos no transporte aéreo doméstico, aferida por assentos-quilômetros ofertados (ASK), registrou redução de 0,1% frente aos dados computados em igual período de 2019. Embora o indicador seja importante para a formação dos preços das tarifas aéreas, destaca-se que outros fatores são igualmente considerados, como demanda, sazonalidade, custo do QAV, variação cambial e demais indicadores macroeconômicos.
Mais informações podem ser acessadas no painel de indicadores de tarifas domésticas.
Tarifa Internacional
Já no cenário internacional, o preço médio da tarifa aérea comercializada em agosto de 2022 foi de US$ 837, um aumento de 25% relativo à tarifa média praticada no mesmo período em 2019, de US$ 672.
Mais informações podem ser acessadas no painel de indicadores de tarifas internacionais.
Informações da ANAC