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LATAM indica que deve mesmo dar adeus ao Boeing 767 de passageiros no próximo ano

Novas mudanças na malha internacional da LATAM Brasil indicam que a empresa não irá operar voos de passageiros com o Boeing 767 além do ano que vem. As operações de carga com o modelo, no entanto, permanecem.

Imagem: VINCI Airports

O primeiro jato Boeing 767 da então TAM chegou ao Brasil em 2008, anos antes da fusão com a chilena LAN, que operava a maior frota do modelo na América Latina. Após o advento da LATAM, o sete-meia-sete ainda desempenhou um relevante papel na malha internacional da empresa, fazendo voos em toda a América e Europa.

Essa história, porém, está próxima de acabar, já que após o segundo trimestre do próximo ano, a Latam já não tem nenhum voo programado com o Boeing 767, saindo do Brasil.

Durante sua vida útil na frota da LATAM, o Boeing 767 acompanhou diversas mudanças. O Airbus A350XWB chegou e foi embora, o Boeing 777 de passageiros consolidou seu espaço e deixou de ser visto como um “tampão” até a chegada do A350, e a carga aérea experimentou um grande crescimento.

No entanto, a história começou a mudar para o Boeing 767 com o início da operação do Boeing 787 pela divisão brasileira e o intercâmbio de aeronaves chilenas autorizado pela ANAC, que tem permitido os voos de aviões pertencentes à divisão do Chile no Brasil. Por ser um modelo mais novo, acabou ocupando o lugar do 767.

Atualmente existem apenas três 767-300ER de passageiros ativos na LATAM Brasil, são os de matrículas PT-MSO, PT-MSY e PT-MSZ. Todos têm menos de 10 anos de fabricação e são consideradas aeronaves relativamente novas, sendo os últimos 767 de passageiros que saíram da linha de montagem da Boeing (que hoje só faz o jato na versão cargueira ou militar de reabastecimento em voo).

Olhando para o grupo LATAM como um todo, a divisão chilena não opera mais com jatos Boeing 767 em serviço de passageiros. Já a LATAM Peru tem o maior número de jatos, são oito ao todo com matrículas CC-CXJ, -CWV, -CWY, -CXC, -CXG, -CXH, -CXI e -CWF. Eles estão fixos nas rotas saindo de Lima, que incluem São Paulo, mas são operados por tripulantes peruanos.

Caso a LATAM não anuncie nenhuma nova rota para o 767, ele deverá sair de serviço de passageiros em uma empresa brasileira após 40 anos de serviços ininterruptos em empresas nacionais.

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