O LATAM Airlines Group, com sede no Chile, saiu do Chapter 11 da Lei de Falências dos EUA, no mês passado após a conclusão bem-sucedida de sua reestruturação financeira, para emergir como um grupo mais eficiente com uma frota modernizada, além de uma posição financeira fortalecida de mais de US$ 2,2 bilhões em liquidez e US$ 3,6 bilhões ou 35% menos dívida.
No entanto, nem tudo está resolvido para a empresa aérea. Acionistas minoritários que detêm American Depositary Receipts (ADRs*) solicitaram ao órgão regulador do mercado financeiro chileno (CMF) que investigue o fechamento do programa de ADRs do grupo aéreo e que têm receio de perderem muito dinheiro por conta disso, diz o jornal La Tercera.
Como resultado da entrada no Chapter 11 dos EUA em 26 de maio de 2020, a LATAM retirou seu programa de ADR da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e, como resultado, atualmente, seus ADRs continuam a ser negociados apenas no mercado de balcão sob o código “LTMAY” na proporção de 1 para 1 entre um ADR e ações ordinárias. A LATAM disse que pretendia se listar novamente na NYSE no futuro e estava avaliando o momento certo para fazê-lo, mas isso, realisticamente, não aconteceria no curto prazo.
Em 10 de novembro de 2022, o LATAM Airlines Group, em comunicado, esclareceu que seu atual programa de ADR com JP Morgan como banco depositário, permaneceria fechado até novo aviso para emissões de novos ADRs (ações ordinárias no Chile fluindo para os EUA como ADRs) e aberto para cancelamentos (conversão dos atuais ADRs em ações ordinárias no Chile).
*ADRs são certificados emitidos por bancos norte-americanos que representam ações de uma empresa estrangeira para negociação nas bolsas de valores americanas.