A recente reeleição de Donald Trump para a Casa Branca tem impacto direto no dólar em relação ao real, mas o CEO da LATAM diz que a empresa está bem posicionada. Nesta quarta-feira, 06 de novembro, a moeda americana chegou atingir R$ 5,80, mas teve queda e encerrou o primeiro dia pós-eleição no valor de R$ 5,67 por dólar americano.
Com lucro de US$ 300 milhões de dólares no terceiro trimestre, o maior grupo de companhias aéreas da América Latina naturalmente está de olho na eleição mais importante no continente, que deve mudar algumas dinâmicas com países próximos.
Durante a divulgação dos resultados hoje, Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil, falou ao AEROIN sobre a variação cambial atual e futura: “Hoje, no final, a gente fechou com o dólar em queda, né? Então, é difícil dizer para onde vai. Tem muita especulação nesse momento. E a gente tem que lembrar sempre que o custo da companhia tem uma parcela bastante significativa, que é dolarizada, no final das contas, no mínimo 60%”.
Já o CFO do LATAM Airlines Group, Ramiro Alfonsín, destacou que a empresa está melhor posicionada já que tem um pouco menos de custos em dólares e, por outro lado, tem uma divisão cargueira mais robusta em relação aos concorrentes, onde sempre a venda do espaço no avião é baseada no dólar, sem muita influência imediata do câmbio.
“Temos um negócio internacional que é muito mais importante (que os concorrentes), então temos alguns produtos que estão associados ao dólar, por exemplo, em torno de 60% da nossa receita são em dólares ou indexados a esta moeda”, afirma Ramiro Alfonsín.
“A outra preocupação talvez fosse no internacional. Isso vai afetar ou não a demanda, já que fica mais caro, se o dólar ficar mais alto, fica mais caro viajar, mas a gente vê que o nosso internacional está bastante bem posicionado, a demanda está muito alta. A gente também não vê preocupação se ele ficar nessa faixa entre R$ 5,50 e R$ 5,80. Eu acho que a gente está bem posicionado”, conclui Jerome.
