A Argentina foi duramente criticada pelo Governo das Ilhas Falkland (Malvinas, para os argentinos) após acusações de que o governo de Alberto Fernández estaria atrapalhando as negociações para restabelecer o voo entre o arquipélago e o Brasil, que foi interrompido devido à pandemia.
Segundo reportagem do Clarín, os ilhéus anunciaram que buscarão alternativas que não envolvam “sobrevoos da Argentina”. Antes da pandemia, havia duas rotas regulares que saíam das Ilhas Malvinas: uma de Punta Arenas (Chile) e outra de São Paulo (Brasil) que faziam escala na Argentina, em Río Gallegos e Córdoba, respectivamente. Todos esses voos passavam, obrigatoriamente, sobre território argentino.
Em julho de 2020, um voo para a ilha saindo de Santiago do Chile foi restabelecido, mas a rota São Paulo-Mount Pleasant ainda está em espera.
Nas redes sociais (abaixo), a administração da ilha publicou uma dura declaração por causa da rejeição argentina de um sobrevoo entre o Brasil e as Malvinas e declarou que estava “triste e decepcionada”. O governo das Ilhas Malvinas alega que o governo argentino tem “cancelado ou adiado” reuniões sobre o assunto e que buscarão outras opções.
O membro da Assembleia Legislativa local, Mark Pollard, condenou a decisão argentina e disse que eles não discutirão “um voo direto para Buenos Aires ou a possibilidade da companhia aérea nacional argentina [das Aerolíneas Argentinas] entrar nas Malvinas”. O contrato com a LATAM será estendido, com a esperança de que o voo São Paulo-Falklands possa ser retomado quando as discussões forem possíveis.
Falkland Islands Government strongly condemns Argentina’s decision to refuse permission for Brazilian airlink pic.twitter.com/3ZviBiRnWh
— Falkland Islands Gov (@FalklandsGov) January 30, 2023
Latam pediu voos e foram autorizados
Como mostra a consulta do AEROIN ao sistema de voos autorizados da ANAC (imagem abaixo), a Latam já pediu e já teve autorizados os voos para Mount Pleasant a partir de abril deste ano. No entanto, entende-se que esses planos estão em dúvida por conta da decisão recente do governo argentino.