Novas informações levantadas pelo The Aviation Herald, a respeito do incidente em que um avião caiu da cabeceira da pista, indicam que o piloto ainda tentou dar potência para reverter a situação apos a queda.

Segundo o relato de um passageiro daquele voo, aparentemente o piloto não deu qualquer sinal de diminuir a potência enquanto o ATR-42 “dava ré” até chegar à beirada da pista.
E depois de a aeronave ter caído no desnível entre a pista e o terreno, e estar claramente danificada, o piloto reverteu as hélices e tentou dar potência para ir para a frente.

Veja o relato do passageiro:
“Durante o procedimento de ir para trás, o avião continuou acelerando até cair. Não estava diminuindo a velocidade e os motores estavam acelerando na mesma rotação aparente até o acidente.
Imediatamente depois de cairmos e pararmos, o piloto acelerou os motores em uma aparente tentativa de nos puxar de volta para a pista. Isso foi muito desconcertante (mais do que a queda) porque ficou claro para mim que o avião estava muito danificado.
Eu estava preocupado que uma hélice pudesse atingir a pista e criar uma situação muito mais perigosa. Como podemos ver nas fotos, as hélices não tinham muita distância ao solo.
Depois que o plano falhou, o piloto desligou os motores e foi para o fundo para abrir a porta traseira. Ele e a aeromoça abriram a porta dos fundos, olharam para fora e a fecharam novamente. Eles fizeram uma conferência e ele voltou para o cockpit.
A comissária de bordo então anunciou que havia um acidente (sério?), que estávamos seguros e que haviam determinado que não poderíamos evacuar a aeronave pela parte de trás (porta com escada integrada) devido a uma cerca de arame farpado diretamente embaixo daquela porta.
Ela nos disse que o piloto estava pedindo escadas para que pudéssemos usar a porta da frente (veio o banquinho que você pode ver nas fotos). Os pilotos não disseram nada para nós, em nenhum momento.”
O avião modelo ATR-42-500, de registro SX-FOR, realizaria o voo GQ-405 de Naxos para Atenas com 46 passageiros e 3 tripulantes.
Passageiros de voos anteriores relataram que era comum aeronaves recuarem na pista (“darem ré”) após o backtrack, usando a força do reverso das hélices, para chegar bem perto do começo da pista e obter a maior distância de pista possível para a decolagem.
Confira na matéria a seguir mais detalhes do acidente: