A maior companhia de aviação executiva da América Latina tem, desde o início deste ano, uma mulher no mais alto posto de liderança. Junia Hermont, CEO da Líder, é a primeira mulher a assumir esta posição na empresa, fundada há 65 anos. Além dela, Bruna Assumpção assumiu como diretora superintendente de aviação executiva, também no início do ano.
“Acredito na ideia de que o exemplo arrasta. E aqui na Líder, entre todas as colaboradoras mulheres, 25% delas estão em cargos de liderança”, aponta Junia. Parece pouco, mas num segmento majoritariamente masculino, essas gestoras inspiram e encorajam muitas jovens a seguirem carreiras na aviação – seja como pilotos, técnicas em manutenção ou em funções administrativas.
As mulheres ocupando cargos de gestão de times na Líder somam 35% do total de diretores; 36% entre gerentes; 40% de coordenadoras e 54% de supervisoras. “Estou há 25 anos na Líder, quando iniciei minha carreira no segmento de aviação. Ao pensar que já participei de grandes eventos em que era praticamente a única mulher e hoje temos essa liderança feminina na empresa, fico muito satisfeita. Olhando para o futuro, procuro inspirar cada vez mais mulheres a seguirem carreira no mundo da aviação, um segmento que considero apaixonante”, aponta Junia.
A companhia mineira tem cinco unidades de negócios, com prestação de serviços que vão de táxi aéreo, atendimento aeroportuário, manutenção de aeronaves, até comercialização de jatos e transporte aéreo offshore (para plataformas da indústria de óleo e gás). E, sim, conta com mulheres em todos esses segmentos de atuação.
“Temos ainda programas que incentivam jovens – inclusive mulheres – a ingressarem no segmento de aviação executiva. Um deles voltado para trainees, focado em jovens recém-formados nos cursos de Engenharias Aeronáutica, Aeroespacial, Mecânica da Computação, entre outros; além do Programa de Formação Técnica, que prepara profissionais para atuarem nos serviços de manutenção de aeronaves”, complementa Junia.
“A Líder é uma empresa que sempre atuou com reconhecimento pautado em meritocracia, gênero nunca foi uma barreira na cultura da empresa. E é muito bom ver que há um crescimento constante nas últimas décadas no número de mulheres em um mercado historicamente mais masculino”, pontua Bruna.
