Poucos dias após ser eleito a líder de pilotos da United Airlines numa das maiores associações americanas, o comandante Neil Swindells se viu numa saia justa que o levou a renunciar ao cargo. A polêmica foi levantada depois que publicações em um grupo privado foram divulgadas, as quais tinham conotações misóginas, racistas e antissemitas, diz a mídia dos Estados Unidos.
Poucas horas após sua nomeação, na segunda-feira (19), suas mensagens, retiradas de um grupo privado, foram colocadas em público. Defensores do piloto argumentaram que as capturas de tela da mensagem estavam sendo lidas fora do contexto e não refletiam o homem que eles conheciam.
Em um dos comentário, Swindells falou sobre o presidente-executivo do United, Scott Kirby, chamando-o de “gay man”, enquanto em outro, destacou uma piada com tons antissemitas. Num terceiro caso, ele disse que a United teria sido mal representada num comercial da parceria com a Emirates, por apresentar uma piloto feminina da empresa americana junto com um piloto masculino da árabe.
Justificando a polêmica, Swindells descreveu suas reflexões online como “coloridas, acaloradas e inapropriadas” e ele acabou cedendo à pressão ao entregar o cargo para o qual havia sido eleito com a intenção de defender os colegas pilotos nas negociações de um novo acordo de trabalho com a empresa aérea.
O piloto tem 27 anos de empresa e voltará à cabine do Boeing 787 Dreamliner. À mídia americana, a United não comentou se ele enfrenta uma investigação interna.