Historicamente, a Lufthansa é uma empresa que costuma ser protagonista no setor aéreo, com ações que inspiram outras companhias. No começo da crise, a empresa alemã foi uma das primeiras a anunciar uma redução de tamanho e de frota, depois foi uma das primeiras a pedir ajuda governamental, agora é uma das primeiras a propor uma grande mudança de estratégia.
O que corrobora com isso é a criação da da Ocean GmbH, uma nova empresa aérea com objetivo de realizar voos turísticos.
Como explicou o CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, o futuro da aviação está, mais do que nunca, no setor de turismo. Após a crise do coronavírus, as viagens turísticas são mais promissoras do que as viagens de negócios.
A idéia básica não está errada. No momento, a crise levou muitas empresas a perceberem que muitas viagens de negócios podem ser dispensadas. As reuniões presenciais são substituídas por videoconferências, as visitas praticamente foram todas canceladas e trocadas pelo Zoom, Google Meet ou Microsoft Teams. E o ganho de custo e de tempo que isso traz para as empresas é tão grande, que dificilmente todas aquelas reuniões voltarão a acontecer presencialmente um dia.
Um movimento ainda no começo
Embora a nova empresa já tenha sido fundada a registrada em Frankfurt, ainda há dúvidas se ela terá uma frota própria de aeronaves.
E talvez nem a Lufthansa tenha decidido ainda. Isso porque o CEO do grupo, quando indagado, apenas comentou que “a ideia é que a Ocean não apareça como uma nova marca, mas ajude a agrupar funções anteriormente espalhadas pelo grupo Lufthansa”.
De qualquer forma, Heike Birlenbach, diretora de vendas da Lufthansa, disse à revista FVW que a Ocean oferecerá voos para destinos turísticos na Europa e no exterior a partir dos principais hubs da Lufthansa, principalmente Frankfurt e Munique. Embora a executiva não tenha detalhado como isso vai acontecer.
Por fim, é um movimento ainda incipiente e não há muitas informações ou decisões já concluídas, no entanto, sabe-se que a Lufthansa já operou com outras empresas focadas no mercado turístico e as fechou ou então reduziu sua participação, como é o caso da Condor, da Germanwings e da Eurowings, por exemplo.
