A empresa aérea alemã Lufthansa veio a público para pedir desculpas pelo vexame desta semana, quando mais de cem judeus foram impedidos de embarcar numa conexão no aeroporto de Frankfurt, após um (ou alguns) deles se recusar a usar a máscara a bordo da primeira perna do voo.
Ao invés de punir apenas os passageiros indisciplinados, todo o grupo de mais de cem pessoar não pôde viajar, numa espécie de punição coletiva que foi chamada de racista ou antissemita. Segundo números atualizados, cerca de 170 passageiros judeus foram impedidos de voar em um voo de conexão para Budapeste, tendo acabado de chegar a Frankfurt em um Boeing 747-8 procedente de Nova Iorque.
Em nota publicada nas redes sociais, a Lufthansa diz lamentar as circunstâncias que cercam a decisão de excluir os passageiros, pelo qual a empresa “se desculpa sinceramente”. A mensagem da companhia aérea foi publicada após críticas ferozes em torno do incidente.
Lufthansa bedauert die Umstände der Entscheidung, Passagiere vom Flug LH 1334 am 4. Mai auszuschließen. Lufthansa entschuldigt sich ausdrücklich bei den Gästen. Dazu unser Statement: pic.twitter.com/02WHOOVwZk
— Lufthansa (@lufthansa) May 10, 2022
O incidente começou quando alguns passageiros, incluindo clientes de aparência judaica ortodoxa, a bordo do primeiro voo, não cumpriram adequadamente a política obrigatória de máscara facial da Lufthansa.
Em vez de identificar passageiros que não cumpriram a regra, a companhia aérea impediu que todos os passageiros que parecessem judeus ou tivessem um nome de som judeu embarcassem no voo de conexão. Havia um grande número de passageiros judeus viajando para Budapeste para uma peregrinação, embora não fizessem parte de um só grupo de turistas.
“Pedimos desculpas a todos os passageiros impossibilitados de viajar neste voo, não só pelo transtorno, mas também pela ofensa causada e pelo impacto pessoal”, disse a empresa na nota.
“Vamos falar com os passageiros afetados para entender melhor suas preocupações e discutir abertamente como podemos melhorar nosso atendimento ao cliente. Temos tolerância zero com racismo, antissemitismo e discriminação de qualquer tipo”, concluiu a empresa.
