Após barrar o embarque de mais de 100 judeus durante uma conexão, a companhia aérea alemã Lufthansa terá que pagar milhões em danos morais. O caso aconteceu em maio deste ano, durante uma conexão em Frankfurt, quando judeus ortodoxos viajavam de Nova Iorque para Budapeste, onde está a maior sinagoga da Europa.
O caso ganhou grande repercussão na época. O impedimento do embarque na conexão ocorreu após a equipe de solo da aérea ter sido avisada de que uma pequena parte do grupo não usou a máscara facial, que era obrigatória pelas regras da empresa, durante uma parte do primeiro trecho da viagem.
Sem saber exatamente quem tinha causado a confusão a bordo, todos os mais de cem judeus acabaram banidos da conexão. Isso levou a entender que quem parecia judeu acabou barrado. Para piorar, a polícia foi chamada e chegou armada com submetralhadoras. Tudo foi filmado e os vídeos dos judeus sendo contidos por autoridades alemães uniformizadas e armadas circulou na internet, gerando comparações imediatas com as cenas do holocausto.
Dias depois, a Lufthansa acabou pedindo desculpas pelo ocorrido e mudou sua política de definição de antissemitismo para evitar novas ocorrências do tipo. Mas estas medidas não evitaram um processo, que terminou num acordo entre as partes, segundo reporta o jornal israelense Haaretz.
Com isso, a empresa aérea alemã concordou em pagar $2,7 milhões de dólares, que totaliza US$17,400 (R$ 91 mil) por pessoa, descontado taxas.