Início Controle de Espaço Aéreo

Lula quer fechar espaço aéreo na Terra Indígena Yanomami

O voos de garimpeiros na Terra Indígena Yanomami podem estar com os dias contados com uma medida a ser tomada pelo Presidente Lula.

Divulgação – Exército Brasileiro

O chamado “Voo de Garimpo”, que são as operações aéreas realizadas para atender a demanda de extração de minerais, é algo cultural da aviação brasileira, mesmo sendo ilegal em muitos casos. Realizado por várias vezes com aviões mantidos em más condições, operando em pistas precárias, fugindo da fiscalização e sem plano de voo, o garimpo pode representar o pior da aviação nacional, mas o fluxo de dinheiro em torno deste tipo de operação mantém a atividade firme.

O uso de aeronaves por garimpeiros criminosos normalmente envolve monomotores, como o Cessna C182 Skylane, que custa cerca de R$ 400 mil, mas também conta com helicópteros, como os modelos Robinson R44 ou R66, que são bem mais caros e podem chegar a R$ 3 milhões cada.

Os últimos dados oficiais dão conta que os garimpeiros estão tomando pistas de pouso homologadas e oficiais, instaladas pelo governo para fins de saúde e alimentação. É o que ocorreu no município de Alto Alegre, onde a base de Homoxi era usada para uma unidade básica de saúde, mas foi tomada pelos garimpeiros e transformada em um aeroporto criminoso.

Até início de 2022, uma unidade básica de saúde funcionava ao lado de uma pista de pouso na região amazônica. No entanto, em três meses, o local foi tomado por garimpeiros, expulsando as equipes de saúde e transformando-o em um aeroporto do crime. A exploração de minério também foi realizada ao redor da própria pista.

Mapa: Giovanny Vera/Amazônia Real

E, para combater isso, o presidente Lula se reuniu hoje com o Comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, com a Presidente da FUNAI, Joenia Wapichana, e outros ministros de estado para dar continuidade a ações emergenciais na Terra Yanomami.

Uma delas é impedir “o transporte aéreo e fluvial que abastece os grupos criminosos“, que inclui o fechamento do espaço aéreo na região. Segundo um documento obtido pelo Estadão, este pedido não é novo e já tinha sido feito à Diretoria de Proteção Ambiental (Dipro) do IBAMA, após levantamento de dados oficiais apontarem para um aumento expressivo dos voos nas terras indígenas nos últimos anos.

Com Informações da Assessoria de Imprensa do Palácio do Planalto

Sair da versão mobile