O Boeing 737 MAX 10 pode sofrer um novo revés em seu projeto, já que Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) alertou a Boeing que a maior versão de seu carro-chefe pode ter a certificação atrasada e postergada para além de 2022.
Segundo relatou o Seattle Times, com base em relatos de fontes que viram a carta, o atraso também resultaria na necessidade de cumprimento da chamada Lei de Certificação, Segurança e Responsabilidade de Aeronaves, que reformulou a forma como a FAA certifica novos aviões.
A lei exige que todas as aeronaves registradas após 31 de dezembro de 2022 atendam aos novos regulamentos de segurança no cockpit. Os sistemas devem permitir que a tripulação diferencie os avisos acústicos e visuais da melhor forma possível e suprima os avisos errôneos que, como nos acidentes, causam distrações.
O atraso na certificação do MAX 10 imporia à Boeing às obrigações dessa nova lei e, portanto, demandaria mais customizações antes do modelo conquistar a certificação.
A reportagem informa que a fabricante tem trabalhado com seus lobistas junto aos congressistas, defendendo que haverá impacto potencial nos empregos e na produção se a aeronave não for aprovada como está atualmente.
A Boeing, no entanto, nega estar pressionando por uma aprovação e também informou que segue com seu cronograma original, sem detalhar qual seja. A FAA não comenta certificações em andamento.
