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Maior táxi aéreo cargueiro dos EUA planeja voos autônomos sem pilotos

O futuro dos pilotos pode mudar numa das mais relevantes empresas de carga aérea dos EUA, a pequena e notável Ameriflight.

Foto de Bill Word

Apesar de não se comparar às grandes aéreas cargueiras, a Ameriflight tem um importante papel na aviação de cargas americana, conectando pequenas cidades e ajudando as próprias gigantes como a DHL, FedEx e UPS em sua distribuição.

Esta empresa tem várias bases em todos os cantos dos EUA continental, se colocando em regiões metropolitanas, de onde leva e traz cargas para o interior de cada estado ou região em que opera, fazendo um verdadeiro voo regional. Para isso, sua frota é composta exclusivamente de bimotores turboélices, incluindo o brasileiro Embraer E120 Brasília, o maior avião operado pela empresa, onde é apelidado de “o irmão”.

Outras aeronaves incluem o Fairchild Metroliner III e os Beechcraft 99 e 1900, que são da família de aeronaves King Air, bastante reconhecida.

Acontece que o tempo de voo de dois pilotos em todos estes aviões pode estar com os dias contados com a nova parceria fechada entre a Ameriflight e a Merlin, uma empresa de tecnologia autônoma. O plano é trazer a tecnologia para voos semi-autônomos (um piloto) ou autônomos (sem piloto algum) para os aviões já existentes da frota, que já tem um certo tempo de uso.

“Este recurso permitirá que tenhamos voos autônomos ou semi-autônomos com um custo de uma tecnologia implantada que achamos que funciona melhor com nossos clientes comparando a outras opções”, afirma Paul Chase, Presidente e CEO da Ameriflight.

A Merlin é uma empresa que tem como investidor-anjo o Google, e utiliza servos-atuadores instalados nos aviões e acoplados a potentes computadores para que os voos sejam controlados à distância ou de maneira autônoma, substituindo o piloto ou reduzindo a carga de trabalho dele, como é mostrado abaixo.

A tecnologia está sendo testada e certificada pela desenvolvedora num avião Beechcraft King Air, que já realizou decolagens, voos e pousos autônomos, despertando o interesse da Ameriflight, que afirma que está sem pilotos no mercado.

Por enquanto, não foi divulgado o valor deste contrato e quantos aviões poderiam ser equipados com a tecnologia, e também quando ela seria testada na própria empresa aérea. Tudo depende da certificação inicial da FAA, mas ter a maior operadora de táxi aéreo de cargas neste rumo, é algo que chama a atenção.

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