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Mais 149 aviões foram adicionados à frota aeroagrícola brasileira em 2023, aponta levantamento do Sindag

Imagem: Divulgação / Air Tractor

O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) informa que realizou um levantamento junto ao mercado brasileiro de aviação agrícola nesta semana, cujo resultado foi a constatação de que o setor teve o acréscimo de 149 aviões novos em 2023.

Os dados consideram as aeronaves já entregues, sendo 84 aviões turboélices e os 65 aviões modelo Ipanema 203, de motor a pistão, anunciados na segunda-feira (15) pela Embraer.

No caso dos turboélices, entraram no Brasil 75 aeronaves da fabricante norte-americana Air Tractor, sendo 16 aeronaves modelo AT-402 B, 12 AT-502A (XP), 25 AT-502 B, 13 AT-602 e nove AT-802A (o maior avião agrícola do mundo, com capacidade para 3 mil litros no hopper), além de nove turboélices fabricados pela também norte-americana Thrush Aircraft.

O Sindag ressalta que, embora não tenha concluído ainda o levantamento atualizado de toda a frota aeroagrícola brasileira (que é estimada em mais de 2,6 mil aeronaves), os números preliminares reafirmam o maior crescimento da frota de turboélices, especialmente por serem aeronaves de maior capacidade e mais rendimento, ideal para áreas maiores.

Essa tendência, segundo o Sindicato, já dura mais de 10 anos e vem também no embalo da maior variedade de modelos do segmento.

Mesmo assim, o modelo Ipanema de fabricação nacional segue imbatível, ainda respondendo por pelo menos 50% de toda a frota nacional do setor, e com a Embraer anunciando a meta de aumentar sua produção para 70 aviões em 2024.

Embraer EMB-203 Ipanema – Imagem: Embraer

O Sindag explica que isso ocorre não apenas pela importância do setor aeroagrícola para a produtividade nas principais lavouras do País (leia-se: produzir mais em alta escala, mas sem avançar a fronteira agrícola), mas, no caso do Ipanema, também devido ao apelo (econômico e ambiental) de seu motor movido a etanol, além de outras características operacionais que o colocam em um nicho operacional importante.

O Ipanema é responsável direto por cerca de um terço da frota aeroagrícola brasileira ser movida a combustível verde atualmente. Trata-se de um projeto dos anos 1970, mas que está em sua sétima geração, com o modelo EMB-203 (lançado em 2015 e que teve algumas modificações em 2020).

Além disso, desde 2004 o Ipanema sai de fábrica movido a etanol, a partir do modelo EMB 202A, que foi a primeira aeronave do mundo homologada para sair de fábrica movida a biocombustível.

Para completar, em dezembro a fábrica em Botucatu atingiu a marca de 1,6 mil aviões agrícolas produzidos desde os anos 1970. O aparelho que marcou o feito foi adquirido pela empresa Ceal Aviação Agrícola, de Palotina/PR, associada ao Sindag.

Informações do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola

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