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Mais aéreas russas autorizadas a dar manutenção, por conta própria, em aviões ocidentais

O avanço da nacionalização das aeronaves ocidentais pela Rússia já chegou no ponto mais delicado: a manutenção de aeronaves. Após certificar as oficinas da Aeroflot, a autoridade russa libera também a Rossiya para fazer manutenção em aviões ocidentais.

Boeing 747 da Rossiya – Foto de IRONHIDE, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia

Com as crescentes sanções contra a Rússia após a invasão da Ucrânia, muitos aviões ocidentais que pertencem a financeiras europeias e americanas tiveram seu pedido de reintegração de posse emitido, mas as empresas russas não devem cumprir a maioria desses pedidos, sobretudo após Vladimir Putin autorizá-las a nacionalizar as aeronaves alugadas.

Sabendo disso, as próprias fabricantes de aeronaves ocidentais como a Airbus, Boeing, Bombardier e a brasileira Embraer, fecharam escritórios em Moscou e suspenderam o suporte técnico e de material para as aéreas da Rússia. Sem esse apoio, é necessário que as empresas aéreas recorram a terceiros para conseguir peças, especialmente de países que não colocaram sanções.

Mas isso não é tudo, já que as empresas precisam fazer a manutenção das aeronaves, indo muito além de apenas conseguir as peças de reposição.

Em meio a essa ‘sinuca de bico’, o governo russo começou a liberar que as empresas russas fizessem manutenção em aeronaves ocidentais, mesmo que as oficinas não fossem antes homologadas para tal.

Após conceder aprovações para a estatal Aeroflot e a privada Azur Air, outra empresa autorizada pela Agência de Transporte Aéreo Federal da Rússia (Rosaviatsia) foi a Rossiya Airlines, que é parte da estatal.

A companhia até então era autorizada apenas a fazer manutenção em jatos Sukhoi Superjet 100, de fabricação russa, segundo o portal Interfax. Agora, está autorizada a fazer manutenção em jatos Airbus A319, A320, Boeings 737, 777 e até o Jumbo 747.

Ainda não se sabe se essas manutenções serão um dia aceitas em países ocidentais. Atualmente essas empresas estão impedidas de realizar voos para a maior parte dos países desenvolvidos do Ocidente.

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