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Vai ficar mais barato para os aviões cruzarem o espaço aéreo do Irã

O Governo da República Islâmica do Irã, pretende incentivar a utilização do espaço aéreo do país, por aéreas estrangeiras, através do uso de pacotes de incentivo.

De acordo com o Theran Times, Nasser Aqai, da Companhia de Aeroportos e Navegação Aérea do Irã, declarou que o Irã planeja oferecer às companhias aéreas estrangeiras pacotes de incentivos para atraí-las ao uso do seu espaço aéreo, em detrimento dos céus de países vizinhos, como o Iraque.

A ideia é que o Irã não reduza as tarifas de aeroportos para as companhias aéreas, mas concederia descontos e incentivos para as oito primeiras companhias aéreas que mais usarem o seu espaço aéreo, explicou Nasser.

Ele também observou que a indústria de viagens foi interrompida em todo o globo, por conta da pandemia do novo coronavírus, o que levou a uma redução significativa de voos em todo o mundo e no Irã. Mas não foi apenas isso, a derrubada do Boeing 737 da Ukraine International e janeiro de 2020 também afastou os operadores.

Em que pese os cancelamentos desde janeiro, o tráfego de passageiros nos aeroportos iranianos ainda mostra uma queda de 80% no primeiro mês do ano civil iraniano (iniciado em 20 de março), informou o Theran Times, com base em dados da agência de notícias iraniana IRNA.

Sanções após a derrubada do 737 ucraniano

Após o episódio da derrubada pelo Irã do Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines, que matou 176 pessoas em janeiro, as companhias aéreas europeias deixaram de utilizar o espaço aéreo iraniano ou até mesmo de manter voos para o país. Apesar das questões de segurança na região, a Qatar Airways, Emirates e várias outras companhias aéreas do Golfo Pérsico, continuaram usando o espaço aéreo iraniano na época, ressalta o Theran Times.

Após três semanas de restrições, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), aprovou o retorno das companhias aéreas europeias a partes do espaço aéreo iraniano e iraquiano, mas isso não foi suficiente para encorajar as empresas a retomarem todas as suas frequências, que foram definitivamente cortadas quando a pandemia chegou forte no Irã.

Com todo esse cenário, não apenas o setor de turismo sofreu um forte revés no país persa, mas também a arrecadação com tarifas de sobrevoo, que são uma importante fonte de receita, dada a posição estratégica, no meio das principais rotas que ligam Europa e Ásia.

Agora, o governo do país deseja atrair mais aeronaves para a região, no momento em que a maior parte do planeta começar a sair do processo de parada provocado pelas medidas de combate a pandemia, mas ainda haverá alguma dúvida quanto ao nível de segurança na região, assolada por disputas, conflitos e ânimos acirrados.

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