
O cancelamento em massa de bilhetes aéreos de refugiados que preparavam para imigrar aos EUA chamou a atenção nesta quarta-feira, 22 de janeiro.
Os refugiados, que já tinham viagem de entrada aos EUA aprovada por Washington, tiveram que suspender todos os planos de deslocamento após a posse de Donald Trump, que ordenou que o Departamento de Estado cancele qualquer apoio.
As exceções são para aqueles estrangeiros que trabalharam formalmente para o governo americano no exterior e já tinham pedido asilo nos EUA. Seus familiares e outras pessoas que também pediram refúgio tiveram os bilhetes aéreos (que são comprados pelos EUA em voos comerciais regulares) cancelados, e este número de pessoas afetadas chega a mais de 10 mil, segundo informa a CNN.
A maioria destes refugiados são do Afeganistão, República Democrática do Congo, Myanmar, Venezuela e Síria, sendo uma grande parte perseguidos políticos por governos estabelecidos ou terroristas.
Uma parte considerável são familiares de afegãos que colaboraram com os EUA nos 20 anos em que o país teve presença militar no Afeganistão. Em torno de 1.000 estão no Catar aguardando processamento para prosseguirem para os EUA, e outros milhares no vizinho Paquistão. Ainda não está claro como o governo americano lidará com estas pessoas, mas é possível que elas sejam forçadas a retornar para seu país de origem.
Os bilhetes aéreos foram cancelados junto com qualquer ajuda financeira, burocrática e diplomática que Washington estava fornecendo aos refugiados.