Pouco tempo após comprar o Twitter por impressionantes US$ 44 bilhões, Elon Musk já mudou a cara da rede social. No entanto, ele avança ainda mais e, em sua última ação, na quarta-feira (14), o empresário orientou a uma revisão surpreendente da política da rede para proibir o compartilhamento de informações de localização em tempo real. Isso afetou diretamente os perfis que publicam informações sobre voos, levando ao seu banimento.
Como resultado, até agora cerca de 25 contas já foram banidas, as quais rastreavam os aviões de agências governamentais, bilionários e indivíduos de alto perfil, incluindo a conta @ElonJet, que monitorava o jatinho do próprio Musk, e a conta de Jack Sweeney, seu dono.
O mais curioso desta história toda, no entanto, é que o próprio Elon Musk havia publicado um tuite em 6 de novembro, dizendo que não baniria essas contas. “Meu compromisso ao livre discurso estende-se até a não banir a conta que segue meu avião, mesmo que isso seja um risco de segurança pessoal”, dizia ele (vide abaixo).
No entanto, não foi o que aconteceu e as contas acabaram banidas. A repercussão entre jornalistas de aviação tem sido de surpresa, já que o rastreamento de voos se baseia em informações públicas, conforme já concluiu a própria Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos.
Mas não para por aí. Nesta quinta-feira, o próprio Musk fez outro tuite dizendo que vai processar o jovem Sweeney e outras organizações que apoiam colocar a vida dele em risco.
Sweeney, no caso, é um estudante universitário de 20 anos e entusiasta do rastreamento de voos, que criou o projeto de rastreamento da aeronave do bilionário. O rapaz disse que acordou na quarta-feira e descobriu que sua conta automatizada no Twitter havia sido suspensa. Nos últimos meses, a conta acumulou mais de 500.000 seguidores usando informações e dados públicos de voos para postar o paradeiro do avião particular de Musk.
