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Mais pilotos que voam em Passo Fundo reclamam de suposto privilégio a voo de cantor famoso

Foto ilustrativa – Fokker da Avianca pousando em Passo Fundo – JustPlanes

O voo do jato Bombardier Global 6000 do cantor sertanejo Gusttavo Lima para Passo Fundo trouxe à tona um certo incômodo entre pilotos e operadores de voos na região, sobre um suposto privilégio para operações noturnas. Como o AEROIN mostrou aqui ontem, o aeroporto tem proibição de operações noturnas e de jatos, mas uma aprovação especial foi dada via NOTAM apenas para que o jato do cantor pudesse pousar.

O NOTAM por si só já causou estranhamento em alguns pilotos da região, mas outros foram além e falaram que quando eles solicitam a exceção, não lhe foi atendida.

O jornal O Nacional conversou com pilotos e proprietários de aeronaves, dando mais ingredientes a essa história.

Num dos casos, o piloto Rafael Guimarães Jardim, que opera na região, diz que não é possível operar a noite em Passo Fundo e nem estacionar a aeronave, sendo necessário levar o avião da empresa em que trabalha para Carazinho, distante 48 km da cidade, gerando um custo adicional de combustível e tempo.

Outro piloto que não quis se identificar, informou ao O Nacional que ao realizar o pedido para operação noturna, recebeu uma resposta pouco clara. “Não tivemos sucesso, pois haveria uma espécie de seleção de prioridades, e eles falaram conosco que “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa” e ficamos muito tristes diante dessa situação [de falta de tratamentos iguais]”.

Relatos de empresários também seguem a linha dos pilotos. Eles dizem que não conseguem operar à noite, mesmo fazendo os pedidos necessários. A matéria do O Nacional traz outros exemplos importantes.

A administradora do Aeroporto é a Infraero, e o responsável disse ao jornal que “apenas cumpre o que está no ROTAER. As limitações operacionais, antes por notas com validade, agora são RMK (remark), ou observações perenes”.

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