Na última quarta-feira (20), durante a Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado Comandante Dan (Podemos) fez referência ao pronunciamento do deputado Abdala Fraxe (Avante), que denunciou o plano de reforma da pista do aeroporto de Tabatinga (distante a 1.582 quilômetros de Manaus), que reduzirá a extensão em 600 metros, impedido o pouso e a decolagem de aeronaves de grande porte.
Dan Câmara parabenizou o colega de parlamento pela importância da matéria e lembrou a condição estratégica do município à segurança pública no Amazonas, por estar localizado na tríplice fronteira brasileira, a porta principal de entrada do narcotráfico na região Norte.
“Apesar das forças de segurança estarem desenvolvendo parcerias tecnológicas para o uso de aeronaves menores, com maior capacidade de carga de tropas e carga, é inconcebível reduzir a capacidade de recepção de voos daquele aeroporto. Fico imaginando que a justificativa está sendo utilizada para uma medida descabida e prejudicial como esta”, declarou Câmara.
O parlamentar também disse conhecer o aeroporto de Tabatinga. Ele lembrou que não há internet disponível aos usuários, mas ao atravessar a fronteira, no aeroporto de Letícia, o provedor funciona. Dan Câmara se colocou à disposição de medidas que possam reverter a redução e sugeriu um documento coletivo da Aleam.
Problemas em outros aeroportos
O deputado lembrou a reforma da pista do aeroporto de Manaus, que teve andamento no início do ano, cujo tema levou ao plenário do Legislativo estadual, por mais de uma vez, em 2023.
Segundo ele, a experiência foi péssima, por inúmeras razões, pois prejudicou as frequências aéreas dos voos dentro do Estado, tão necessárias aos cidadãos do interior.
“Um atraso de cinco minutos de qualquer voo antes do horário de fechamento da pista para realização das obras, decretava o cancelamento. Recebi inúmeros relatos nesse sentido”, disse.
Na opinião de Câmara, houve pouca condição de diálogo com a empresa terceirizada, que administra o aeroporto internacional Eduardo Gomes, de Manaus, e os consumidores não foram prioridade no serviço.
O parlamentar declarou que o aeroporto é desconfortável e os banheiros estão inadequados. “Não vemos os benefícios da terceirização desse aeroporto”, disse.
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