Mais um passageiro processa Delta após comissária atingir seu joelho com carrinho de bebidas em voo

Airbus A350-900 da  Delta Air Lines – Imagem:  Delta Air Lines

A Delta Air Lines enfrenta mais um processo, desta vez de um passageiro que alega ter sido gravemente ferido por uma comissária de bordo que empurrou um carrinho de bebidas contra seu joelho durante um voo internacional de Atlanta para Roma, Itália, em junho de 2023.

Este é o segundo processo desse tipo que a Delta enfrenta em menos de um mês. Anteriormente, uma mulher que viajava entre Paris e Nova York (JFK) afirmou ter sofrido graves lesões no ombro quando uma comissária de bordo empurrou repetidamente um carrinho de bebidas contra ela.

No caso mais recente, Gerald Goldstein, de Gulf Breeze, Flórida, afirma ter sido “severamente ferido” quando uma comissária de bordo atingiu seu joelho com um carrinho de bebidas pesado durante o voo transatlântico em 23 de junho de 2023. Goldstein alega que não foi responsável pelo acidente, pois a comissária não deu aviso suficiente de que passaria com o carrinho.

Segundo o Paddle Your Own Kanoo, a ação judicial busca responsabilizar a Delta com base no Artigo 17 da Convenção de Montreal, que torna as companhias aéreas responsáveis por lesões sofridas por passageiros durante voos internacionais. O valor máximo que um tribunal pode determinar como indenização é cerca de US$ 173.000 (aproximadamente R$ 962.745,00).

Uma das poucas defesas disponíveis para as companhias aéreas é convencer o tribunal de que a lesão do passageiro foi causada por sua própria negligência ou pela de outro passageiro. Goldstein, no entanto, afirma que o acidente não foi culpa sua e, portanto, a Delta deveria ser responsabilizada.

Para evitar precedentes legais, as companhias aéreas geralmente tentam resolver esses casos fora dos tribunais. Se os passageiros começarem a perceber que um simples incidente com um carrinho de bebidas pode resultar em grandes indenizações, isso pode levar a uma série de reivindicações semelhantes.

A Delta ainda não respondeu à ação de Goldstein no Tribunal Distrital da Flórida, mas seus advogados estão firmemente contestando um processo semelhante movido por Gail Hamilton, de Pinellas, Flórida, no mês passado.

Hamilton afirma ter sofrido “lesões graves e permanentes” no ombro direito após uma comissária de bordo empurrar um carrinho de bebidas contra ela durante um voo de Paris em junho de 2022. Assim como no caso de Goldstein, Hamilton também apresentou sua reclamação com base no Artigo 17 da Convenção de Montreal.

Os advogados da Delta, no entanto, argumentam que as lesões de Hamilton foram causadas exclusivamente por sua “própria conduta negligente” e que nem a Delta nem seus comissários de bordo agiram de maneira inadequada ou negligente. É provável que uma defesa semelhante seja apresentada no processo de Goldstein.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.

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