Na corrida para assumir a ITA Airways, o ambiente parece estar bem competitivo. Depois da Lufthansa ter demonstrado interesse, a partir de uma associação com o grupo MSC, vieram também a Air France – KLM em conjunto com a Delta e, agora, a Indigo Partners, relata o site parceiro Aviacionline.
Segundo Leonard Berberi, jornalista do Corriere della Sera, a Indigo Partners apresentou uma proposta “extremamente séria e detalhada”, que foi descrita como “interessante” pelo Ministério da Economia italiano, único acionista da operadora peninsular.
A grande aposta da Indigo pode ter dois pontos principais de atração: por um lado, o mercado italiano e do sul da Europa é importante o suficiente para valer a pena, e alcançar o norte da África e o Oriente Médio com uma operadora proprietária daria à Indigo uma presença em quatro continentes.
Por outro lado, para o ITA serviria como operadora de longa distância nas sempre cobiçadas rotas para o continente americano.
Imaginar um passageiro voando pela JetSMART (Frontier, Spirit, Volaris ou Lynx Air) para um dos hubs onde a ITA opera na América do Sul para chegar a Roma e de lá continuar a conexão com outros destinos europeus através da Wizz Air não seria despropositado.
Além disso, daria a ela uma vantagem competitiva sobre outras operadoras de baixo custo, colocando-a em um anel mais próximo das operações das maiores: Lufthansa, KLM/Air France e IAG.
Quais serão as chances de Indigo neste confronto? Com concorrentes fortes, a luta não é fácil. De acordo com Berberi, o favorito ainda é o grupo alemão Lufthansa e a MSC, pois a abrangência da oferta (incluindo também um importante desenvolvimento do negócio de carga) permite pensar em uma perspectiva melhor no médio e longo prazos.
A última palavra, no entanto, cabe ao governo italiano, que agora tem um problema muito melhor do que a alguns meses atrás: a ITA ainda não está lucrando, mas pelo menos não faltam pretendentes.