O lançamento do tão aguardado primeiro voo do MC-21 (ou MS-21 na designação russa), a aeronave completamente russa, que inicialmente estava programado para ocorrer ainda este ano, precisará ser adiado. A razão por trás desse atraso é a necessidade de substituir componentes ocidentais, uma consequência das sanções impostas devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
A MC-21 já enfrentava atrasos devido às sanções ocidentais, que impossibilitaram o uso dos motores originalmente planejados da fabricante Pratt & Whitney. Como resultado, a aeronave agora dependerá exclusivamente de motores russos PD-14 desde o início.
No entanto, a substituição de outras partes e sistemas importados por equivalentes russos apresenta a próxima grande desafio. Inicialmente, estava previsto que esse processo seria concluído até o final de 2023, possibilitando assim o voo inaugural da MC-21 sem a presença de componentes ocidentais.
Oleg Nesterov, vice-diretor geral da fabricante Yakovlev, anunciou na Aerospace Science Week, conforme relatado pelo aeroTELEGRAPH, que esse voo inaugural ocorrerá apenas no próximo ano.
No final de 2021, um protótipo da MC-21 voou com asas feitas de compósitos russos e motores americanos PW1400G. Voos com motores PD-14 russos e asas ocidentais já haviam ocorrido anteriormente. No entanto, ainda há 36 sistemas a serem substituídos, incluindo a unidade auxiliar, sistemas de combustível e hidráulicos, dos quais 33 ainda estão em fase de teste.
Apesar desses desafios, a produção em série da MC-21 atualizada está programada para iniciar em 2024. A Yakovlev tem a ambiciosa meta de fabricar 270 dessas aeronaves até 2030, conforme noticiou o AEROIN recentemente.
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