Após uma medida arbitrária do governo dos Países Baixos para reduzir voos no Aeroporto Schiphol, em Amsterdã, a JetBlue deixará a cidade holandesa. Foi confirmado hoje que a empresa não poderá voar mais para Amsterdã na próxima temporada do verão europeu, que começa em abril de 2024.
A medida foi divulgada pela BNN Bloomberg e confirma o que já circulava no mercado: a redução de voos feitas pelo governo holandês, com a justificativa climática, afetará empresas menores e novas em Schiphol.
O governo local decidiu reduzir em 10% os voos a partir de 2024, principalmente à noite, para reduzir a poluição sonora e a gerada pela emissões de gases dos motores das aeronaves. Porém, a decisão foi tomada sem antes consultar os passageiros, companhias aéreas e o próprio aeroporto, afetando diretamente a principal empresa do país, a KLM, que tem inclusive o governo como um dos principais acionistas.
Enquanto a JetBlue perderá todos seus slots (um slot = um direito de pouso e decolagem), o Grupo Air France-KLM perderá 5.700 slots, e a parceira americana Delta perderá 252.
A Delta já informou que está movendo uma ação judicial contra o governo dos Países Baixos, já a JetBlue informou que “acredita que os governos americano e holandês têm a obrigação de cumprir o Acordo de Céus Aberto em vigor, logo garantido o acesso contínuo da JetBlue para o único aeroporto de Amsterdã”.
A JetBlue opera hoje voos com o Airbus A321LR de Nova York e Boston para Amsterdã, sendo a única concorrente das parceiras Delta e KLM na rota. A companhia aérea, inclusive, ameaça ir à justiça para pedir o banimento da KLM no Aeroporto em JFK, em Nova York, caso não consiga reverter a decisão holandesa.
No Acordo de Céus Abertos, as companhias aéreas de ambos os países não precisam de autorização prévia para iniciar a venda e os números de voo em cada lado é ilimitado. A única restrição é técnica, no caso a falta de espaço físico para voos, que não é o caso de Schiphol que já recebe voos da JetBlue.
